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Viagem presidencial

Ascânio Seleme: Nos EUA, o melhor momento de Bolsonaro

Jair Bolsonaro em Washington

Nunca vi Jair Bolsonaro tão bem. A entrevista que deu agora há pouco numa rua de Washington para os jornalistas brasileiros foi um dos melhores momentos do presidente desde a sua posse. Estava leve, bem humorado, respondeu a todas as perguntas com eficiência. Foi educado, tratou todos os repórteres com respeito e por todos foi tratado com igual respeito.

Por que não pode ser sempre assim? Por que o presidente do Brasil não fatura a pontinha do carisma que tem, e que é alavancada pelo fato de exercer o cargo mais importante do país?

Bolsonaro corrigiu erro que disse ter cometido na véspera, quando disse para a Fox que a maioria dos imigrantes brasileiros são pessoas mal intencionadas. Disse que cometeu um equívoco, queria dizer exatamente o contrário. Foi franco e até engraçado, sem querer, quando disse que o sumiço de duas horas de ontem foi uma parada num shopping, onde comprou dois calções e duas camisas.

Deu um sinal importante em relação à China. Disse que vai se preparar muito para a visita que fará ao país em seis meses. Reiterou que o comércio exterior do Brasil não terá viés ideológico. Tudo bem, apesar de a China ser comercialmente o país mais capitalista do mundo.

Mas o conteúdo da entrevista, onde também falou da informalidade da reunião com Trump, nem importa muito nesta análise, embora seja bom ouvir o presidente do Brasil falando corretamente e com conhecimento dos temas abordados. O fato é que Bolsonaro ganha quando se comporta adequadamente como presidente do Brasil. Faz valer os milhões de votos de confiança que recebeu dos brasileiros. Na entrevista foi esse Bolsonaro que se viu.

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