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Após levante liderado por Guaidó, confrontos em Caracas deixam 69 feridos

30/04/2019 19h35

Caracas, 30 abr (EFE).- Confrontos ocorridos nesta terça-feira em Caracas, capital da Venezuela, após uma tentativa de levante liderada pelo líder da oposição, Juan Guaidó, para derrubar o governo de Nicolás Maduro, deixaram ao menos 69 pessoas feridas.

"Até o momento, atendemos 69 pacientes provenientes da manifestação em La Carlota", disse Gustavo Duque, prefeito de Chacao, cidade da região metropolitana de Caracas, no Twitter.

Entre as vítimas, 41 foram atendidas após serem atingidas por balas de borracha. Além disso, outras 21 sofreram traumatismos variados, três tiveram dificuldades respiratórias e duas foram levadas a um hospital por terem sido baleadas.

Na manhã de hoje, Guaidó, ao lado do também opositor Leopoldo López e um grupo de 40 militares, foi até os arredores da base aérea de La Carlota, onde iniciou um movimento para tentar derrubar o governo de Nicolás Maduro.

Horas depois, após trocar tiros com militares leais ao governo que estavam dentro da base, os militares, Guaidó e López deixaram o local, mas antes convocaram manifestantes contrários ao governo para tomar as ruas da capital venezuelana.

A convocação foi respondida de forma quase imediata, especialmente em Chacao, onde simpatizantes da oposição entraram em confronto contra integrantes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e membros dos "coletivos", grupos de civis armados que defendem o chavismo.

A ONG Foro Penal Venezuelano informou que até as 17h (horário local; 19h em Brasília) houve o registro de 25 pessoas detidas durante as manifestações. Apenas um desses casos ocorreu em Caracas, e o número mais alto em uma só cidade, 11, aconteceu em Zulia, segundo a entidade. EFE