Blog do Camarotti

Por Gerson Camarotti


Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa e apontado como operador do PSDB, em foto de 2010 — Foto: Robson Fernandes/Estadão Conteúdo

A cúpula do PSDB recebeu com alívio a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de mandar soltar Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa (empresa paulista de infraestrutura rodoviária).

Ao Blog, dois parlamentares tucanos relataram que o ambiente na legenda é de discreta comemoração. Isso porque havia um forte temor de uma delação premiada de Paulo Vieira de Souza.

Próximo de cardeais do PSDB de São Paulo, Paulo Vieira foi apontado como uma espécie de operador de alguns tucanos. Ele é suspeito de participar de desvio de recursos públicos em obras do governo estadual entre os anos de 2009 e 2011.

“Ele poderia causar um estrago no partido. Só a prisão de Paulo Vieira já colocou o PSDB na berlinda”, resumiu um integrante da Executiva do PSDB.

Ele estava preso desde 6 de abril em razão das suspeitas de desvios nas obras do Rodoanel Sul, Jacu Pêssego e Nova Marginal Tietê.

No dia 22 de março, a força-tarefa da operação Lava Jato em São Paulo ofereceu denúncia contra Souza e mais quatro suspeitos de desviar R$ 7,7 milhões de 2009 a 2011 (valores da época) de obras públicas.

Eles foram denunciados pelo MPF pelos crimes de formação de quadrilha, inserção de dados falsos em sistema público e peculato, que é a apropriação de recursos públicos.

Durante a campanha eleitoral de 2010, quando virou alvo de ataques do PT, Paulo Vieira, conhecido como Paulo Preto, mandou um recado ao PSDB: “Não se abandona um líder ferido na estrada”.

Na época, o candidato tucano era o senador José Serra.

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