Guedes fala em fusão entre BB e Bank of America durante evento em Dallas

Havia negado tratar-se de plano de governo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, havia dito que ideia não era plano de governo
Copyright Sérgio Lima/Poder360 05.fev.2019

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou que vai “procurar fazer uma fusão entre o banco do Brasil e o Bank of America” e que ambos são “bons para empréstimos agrícolas”.

“Vamos procurar fazer uma fusão entre o Banco do Brasil e o Bank of America. São bancos bons para empréstimos agrícolas. Já fizemos uma nova relação entre a Embraer e Boeing. Vamos construir empresas transnacionais. Vamos ultrapassar as nossas fronteiras na procura de melhores oportunidades econômicas”, foi a tradução feita pela NBR.

A declaração foi dada nesta 5ª feira (16.mai.2019) durante homenagem ao presidente Jair Bolsonaro que recebe o prêmio de pessoa do ano pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos no World Affairs Council em Dallas, Texas, nos Estados Unidos.

Assista (aos 30min50seg):

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A ideia de fundir ou fazer 1 acordo para que os bancos operassem juntos foi publicada pelo Poder360 em novembro de 2018. Na ocasião, o economista disse que a iniciativa era algo conceitual e que não deveria ser interpretada como plano de governo, muito menos para o curto ou médio prazo.

Com a fusão, o objetivo é abrir a porta para o banco norte-americano atuar no Brasil e assim aumentar a competição no setor bancário. Ao mesmo tempo, o BB iria para os EUA e levaria seu expertise para lidar com o público latino.

Para o ministro, uma das razões principais para a falta de crédito no Brasil se deve ao fato de bancos públicos ficarem com uma imensa carteira e serem responsáveis por fornecer dinheiro mais barato para alguns setores da economia.

O Poder360 entrou em contato com o Ministério da Economia e com o Banco do Brasil para obter mais detalhes sobre as operações. O Ministério não respondeu até a publicação desta notícia. O Banco do Brasil afirmou que “não comenta”.

No discurso, o ministro afirmou ainda que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), prometeram a aprovação da reforma da Previdência em 60 dias. Citou ainda medidas como abertura comercial, quebra de monopólio da Petrobras e privatizações.

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