Meio

O Senado aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o projeto que suspende a dívida do Rio Grande do Sul com a União por três anos. O texto segue para sanção presidencial. Antes, a proposta havia sido aprovada pela Câmara durante a madrugada do mesmo dia. A suspensão foi uma das medidas anunciadas pelo governo federal para atender o estado, que sofre com temporais e enchentes desde 29 de abril. O projeto também anistia os juros que seriam cobrados durante o período. Os R$ 23 bilhões que serão adiados ou perdoados devem ser direcionados "integralmente" a ações de enfrentamento e diminuição de danos provocados pela calamidade pública. O texto aprovado pelo Senado permite que as mesmas regras de suspensão da dívida possam ser aplicadas a outros estados que passem por tragédias semelhantes e tenham a situação de calamidade reconhecida pelo Congresso no futuro. (g1)

Diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo afirmou que há muito valor na unanimidade entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom), mas que isso não pode ser usado como um escudo para se proteger de eventuais críticas sobre um dissenso. “Fico muito orgulhoso que o Copom tenha tido coragem de tomar decisão com cada um seguindo sua consciência”, afirmou em evento em Nova York. Segundo ele, os membros do grupo conversam várias vezes “e ninguém tenta convencer o outro”. “Votar por um corte de 0,25 p.p. foi algo que cogitei em vários dos diálogos”, afirmou. “Estaria hoje muito confortável em apresentar todos os argumentos de o porquê votar em 0,25, mas eu entendo que o ponto mais importante na mudança de 0,50 para 0,25 era sinalizar um tom adicional de preocupação para o mercado para além daquilo tudo que está registrado em consenso entre os membros do Copom.” (Globo)

O Google anunciou novos recursos de segurança para celulares Android nesta quarta-feira. O Theft Detection Lock (Bloqueio de Detecção de Roubo, em tradução livre) utiliza inteligência artificial para avaliar se o dispositivo foi retirado repentinamente da mão do usuário, como em casos de furtos, quando a pessoa pega o aparelho e sai correndo ou foge em motos e bicicletas. A IA bloqueia a tela imediatamente, impedindo que o criminoso acesse as informações, mesmo que o telefone esteja sem acesso à internet, e caso haja tentativas suspeitas de autenticação. Também foi lançado o site android.com/lock, que permite bloquear o celular roubado usando outro aparelho. As novidades foram lançadas com o Android 15, mas estarão disponíveis em versões anteriores, a partir do Android 10, até o fim do ano. (Tecmundo)

A escolha de Magda Chambriard dará a Lula o que ele vem demandando da Petrobras: “comando e controle” sobre os rumos da maior empresa do país, conta Mariana Carneiro. Considerada “petista histórica”, Magda defendeu bandeiras controversas no passado, como a exigência de conteúdo local na indústria do petróleo, quando chefiou a ANP no governo de Dilma Rousseff. Fontes dizem que sua indicação foi defendida pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, por José Sergio Gabrielli, ex-presidente da estatal, e pelo líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA). O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto também referendou o nome dela. A expectativa é que Magda estabeleça uma linha direta com Lula, num paralelo da relação de confiança entre Dilma e a então presidente da Petrobras Maria das Graças Foster. E a relação não deve passar pelo Ministério de Minas e Energia nem pela Casa Civil. (Estadão)

A franquia John Wick vai ganhar um novo spin-off, desta vez, centrado no personagem Caine, um assassino cego vivido pelo ator chinês Donnie Yen em John Wick 4: Baba Yaga. De acordo com a Lionsgate, o novo filme continua o arco da história de Yen seguindo os eventos de Baba Yaga, “já que Caine foi libertado de suas obrigações para com a Mesa Principal”. Outros detalhes da trama não foram revelados. O ator segue no papel principal e o roteiro será escrito por Robert Askins, de The Umbrella Academy. As filmagens devem começar em Hong Kong no próximo ano, e um diretor deve ser anunciado em breve. Essa é mais uma produção derivada da franquia originalmente estrelada por Keanu Reeves. Em 6 de junho de 2025 estreia Ballerina, longa com Ana de Armas, enquanto a série The Continental já está disponível no Prime Video. (Omelete)

No dia seguinte à demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, o Ibovespa fechou com queda de 0,38%, aos 128.027 pontos. As ações ordinárias da petroleira caíram 6,78%, enquanto as preferenciais recuaram 6,04%. A estatal perdeu R$ 35,5 bilhões em valor de mercado na sessão desta quarta-feira, encerrando o dia a R$ 512,96 bilhões. Com o tombo da petroleira, o Ibovespa não conseguiu acompanhar o bom desempenho dos principais referenciais americanos — Dow Jones (0,88%), S&P 500 (1,17%) e Nasdaq (1,40%) —, impulsionados pelo resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que ficou em 0,3% no mês passado, abaixo do esperado. Já o dólar fechou com leve valorização de 0,12%, a R$ 5,137 na venda. (InfoMoney)

Joe Biden e Donald Trump concordaram nesta quarta-feira com a realização de dois debates eleitorais: em 27 de junho na CNN e em 10 de setembro na ABC News. Com isso, os candidatos democrata e republicano à Casa Branca quebram a tradição de décadas de três debates organizados pela Comissão de Debates Presidenciais. Os dois debates serão mais cedo do que o normal e serão organizados pelas próprias redes de notícias, em vez da tradicional organização terceirizada do evento para transmissão simultânea em todas as plataformas de mídia. (Washington Post)

Conhecida por papéis em séries como Orange Is The New Black e Boneca Russa, e filmes como American Pie, Natasha Lyonne é a mais nova confirmada no elenco de O Quarteto Fantástico, que deve chegar aos cinemas em 25 de julho de 2025. A atriz deve reforçar o elenco de apoio do longa da Marvel, que já conta com Julia Garner, Paul Walter Hauser, Ralph Ineson e John Malkovich. Com roteiro de Jeff Kaplan e Josh Friedman e direção de Matt Shakman, a produção será estrelada por Pedro Pascal, como Sr. Fantástico, Vanessa Kirby interpretando a Mulher-Invisível, Joseph Quinn será o Tocha Humana, enquanto Ebon Moss-Bachrach dará vida ao Coisa. (Rolling Stone)

A demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras mostra que o terceiro mandato de Lula assumiu o modelo de Dilma Rousseff, com o viés intervencionista do PT e uma visão desenvolvimentista com maior participação do Estado como pilar da economia, analisa Roseann Kennedy. Sócio da Tendências Consultoria, o economista Silvio Campos Neto, mostra preocupação: “O Brasil não perde a oportunidade de demonstrar que não aprende com os erros do passado”. E esse, segundo ele, é um fator que gera risco reputacional para país, afugentando investidores e provocando impactos como alta do dólar, dos juros e da inflação. Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), reforça as críticas. “Havia uma expectativa de que Lula compreendesse que venceu a eleição porque adotou um papel mais ao centro. O que mais incomoda não é cometer um erro, mas é repetir os erros.” (Estadão)

Demitido da presidência da Petrobras, Jean Paul Prates afirmou nesta quarta-feira que está “triste” com sua saída. Ele deixou a empresa pela porta da frente, onde jornalistas e funcionários da estatal acompanhavam sua despedida. “Não sei o que vou fazer ainda. Estou pensando em política. Não vou tomar decisão nenhuma agora. Agora, vou pensar. Estou triste. Só isso”, disse. “Não sei os planos. Eu sempre trabalhei. Vivo das minhas horas de trabalho.” Senador licenciado pelo PT, Prates disse que não sabe se continuará no partido. Ele foi dispensado pelo presidente Lula após atritos com os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) e será substituído por Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Prates foi aplaudido por funcionários e fez um rápido balanço de sua gestão. Disse que a principal missão foi estabelecer uma política de preços para os combustíveis, sem comprometer os resultados da empresa. “Deixamos um legado importante. Todos acreditavam que, quando a gente chegou, isso ia ser impossível ou ia destruir o valor da ação. E não foi assim.” Na despedida, ele mencionou a polêmica em torno do pagamento de dividendos extraordinários: “Essa foi a missão mais difícil. Mudamos a política de dividendos e conseguimos entregar com a ação (da empresa) subindo”. (Globo)