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Por Gerson Camarotti


O ex-ministro Santos Cruz, da Secretaria de Governo — Foto: Reprodução / GloboNews

O general de reserva do Exército Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido nesta quinta-feira (13) da Secretaria de Governo, enfrentava resistências principalmente na área de comunicação, avaliam integrantes da ala militar do governo.

Santos Cruz será substituído pelo general de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, atual comandante militar do Sudeste.

Responsável pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Santos Cruz sofria resistências inclusive do secretário Fábio Wajngarten, que não quis se subordinar às normas estabelecidas pelo ministro.

Nas palavras de um integrante da ala militar, o general Santos Cruz estava recebendo críticas do núcleo familiar do presidente Jair Bolsonaro. A gestão de Wajngarten pretendia ter maior controle sobre contratos da Secom e sobre a gestão da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), o que Santos Cruz não permitia.

Wajngarten é próximo aos familiares de Bolsonaro, principalmente ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, e costumava criticar o que chamava de "mão firme" de Santos Cruz.

Recentemente, circulou em um aplicativo de mensagens a imagem de uma conversa atribuída a Santos Cruz em que o então ministro falava sobre Bolsonaro. Na ocasião, disse que o diálogo era falso e que a Polícia Federal deveria investigar o caso. Nesse episódio, Bolsonaro chegou a cogitar a demissão de Santos Cruz, o que não aconteceu porque o ministro demonstrou que se tratava de uma montagem.

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