Por G1 SP


Manhã de greve começa com várias linhas de metrô paradas em São Paulo

Manhã de greve começa com várias linhas de metrô paradas em São Paulo

Protestos contra a reforma da Previdência e cortes de verbas da educação estão ocorrendo na capital paulista nesta sexta-feira (14). O Metrô de São Paulo está funcionando parcialmente e os ônibus municipais estão com 100% da frota operando, segundo a SPTrans. Os trens da CPTM operam normalmente.

  • Metrô: Linha 15-Prata paralisada; Linha 1-Azul funciona entre estações Saúde e Luz; Linha 2-Verde entre Vila Madalena e Alto do Ipiranga; Linha 3-Vermelha entre Marechal Deodoro e Penha; 4-Amarela e 5-Lilás funcionam normalmente.
  • CPTM: Funciona normalmente. Linha 7-Rubi estendeu sua operação até a Estação Brás.
  • Ônibus municipais: Funcionam normalmente.
  • Ônibus intermunicipais: Funcionam parcialmente.
  • Aeroportos: Funcionam normalmente.

O trânsito na capital paulista registrou, por volta das 12h30, trânsito acima da média, com 67 km de congestionamento, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

SÃO PAULO, 5h50: passageiro lê informe da greve fixado na estação Pinheiros do Metrô — Foto: Marina Pinhoni/G1

Protestos

SÃO PAULO, 9h45: Manifestantes incendeiam um carro na Zona Oeste — Foto: Marina Pinhoni/G1

Por volta das 9h45, no cruzamento da Avenida Vital Brasil com a Avenida Eusébio Matoso, na Zona Oeste de São Paulo, manifestantes colocaram fogo em um carro para fechar o trecho. Os policiais responderam com bombas de efeito moral e liberaram a via por volta das 10h30.

SÃO PAULO, 9h30: Protesto na Avenida Vital Brasil, na Zona Oeste da capital — Foto: Marina Pinhoni/G1

Na Avenida João Dias, na Zona Sul, ciclistas, motociclistas e pedestres organizaram uma passeata junto ao Terminal João Dias. A ocupação da via era total por volta das 9h. A passeata, que segue em direção à Ponte do Socorro, interditou a avenida e prejudica o trânsito de outras vias, como a Estrada de Itapecerica, Avenida Carlos Caldeira Filho e Avenida Giovanni Gronchi.

Na região do M' Boi Mirim, manifestantes ocupam uma faixa da Avenida Piraporinha, na Zona Sul. As pessoas também estão a caminho da Ponte do Socorro.

Na Avenida 23 de Maio, na altura do viaduto da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, por volta das 7h, manifestantes colocaram fogo em pneus nos dois sentidos da via. Depois da ação dos bombeiros e da Prefeitura, a avenida foi liberada por volta das 8h30.

SÃO PAULO, 8h30: Manifestação na Avenida 23 de Maio — Foto: Reprodução/TV Globo

Na Avenida dos Estados, no sentido do ABC paulista à capital, um grupo ateou fogo em pneus na altura da Avenida Antonio Cardoso, em Santo André. Bombeiros controlaram o fogo por volta das 6h45.

SANTO ANDRÉ, 6h45: Manifestantes colocaram fogo em pneus na Avenida dos Estados — Foto: Reprodução/TV Globo

Um grupo de manifestantes, que se concentrou na USP, ocupava, por volta das 6h40, a Rua Alvarenga e a Avenida Afrânio Peixoto, em frente à portaria principal da Cidade Universitária. O bloqueio das vias é total.

Por volta das 6h35, manifestantes ocupam uma faixa do Corredor Norte-Sul, sentido Zona Sul, entre a Ponte das Bandeiras e a Avenida do Estado. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, manifestantes ocupavam uma faixa da rodovia Régis Bittencourt, na região de Taboão da Serra.

SÃO PAULO, 6h35: Manifestação no Corredor Norte-Sul — Foto: Reprodução/TV Globo

Ônibus

A SPTrans informa que, por volta das 11h, o sistema municipal de transporte público coletivo opera com 100% da frota e linhas para a faixa horária. Os 29 terminais municipais estão com operação de ônibus. Nenhuma operadora tem interrupção na saída da frota.

Em entrevista por telefone ao Bom Dia SP, o prefeito Bruno Covas (PSDB) disse que, por conta da paralisação parcial de linhas do Metrô, "algumas linhas foram prolongadas e outras foram reforçadas para diminuir lotação". Segundo o tucano, todos os 29 terminais de coletivos municipais funcionavam normalmente nesta manhã.

Prolongamento de linha

Na Zona Norte, as linhas 1722/10 (Jardim Marina/Metrô Tucuruvi), 178Y/10 (Vila Amélia/Metrô Jardim São Paulo), 2023/10 (Metrô Tucuruvi/Cachoeira) e 1767/10 (Metrô Tucuruvi/Pq. Edu Chaves) estão prolongando o atendimento aos usuários até o Terminal Santana.

SÃO PAULO, 7h40: Passageiros formam fila no bairro de Santana, na Zona Norte — Foto: Tatiana Santiago/G1

Foram criadas emergencialmente as linhas Tucuruvi/Correios, operando com 7 ônibus articulados, e outra de Santana/Correios, com 7 ônibus articulados, ambas com cobrança de tarifa. Na Zona Sul, foi criada uma linha com 12 ônibus articulados para fazer o trajeto entre o Metrô Jabaquara e o Metrô Paraíso. Também com cobrança de tarifa.

Na Zona Leste, houve reforço de 20 veículos superarticulados na frota da linha 4310/10 (Metrô Itaquera/Term. Pq D. Pedro II), totalizando frota de 66 coletivos em operação. As linhas 407P/10 Term. Cidade Tiradentes/Metrô Tatuapé e 3539/10 Cidade Tiradentes - Metrô Bresser também foram reforçadas com três ônibus cada.

Terminais que estão em operação:

  • Pq. D. Pedro II
  • Santo Amaro
  • Grajaú
  • Campo Limpo
  • Capelinha
  • Sacomã
  • Vila Nova Cachoeirinha
  • Bandeira
  • João Dias
  • Varginha
  • Pirituba
  • Cidade Tiradentes
  • Jd. Ângela
  • Pinheiros
  • Lapa
  • Mercado
  • Guarapiranga
  • Carrão
  • Parelheiros
  • Sapopemba
  • A.E. Carvalho
  • Princesa Isabel
  • Penha
  • São Miguel
  • Aricanduva
  • Amaral Gurgel
  • Casa Verde
  • Vila Prudente
  • Itaquera

Por causa da operação parcial na Linha 3-Vermelha do Metrô, pessoas se aglomeram, por volta das 7h, em ônibus no Terminal Itaquera, na Zona Leste, para conseguir chegar ao trabalho.

SÃO PAULO, 7h: Pessoas formam fila para entrar em ônibus no Terminal Itaquera, na Zona Leste — Foto: Reprodução/TV Globo

Metrô

O Metrô informou que a Linha 15-Prata estava paralisada às 12h30. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha estão com operação parcial. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, que são privatizadas, estão operando normalmente.

Atualização dos trechos em operação às 11h23:

  • Linha 1-Azul: Saúde até Luz
  • Linha 2-Verde: Vila Madalena até Alto do Ipiranga
  • Linha 3-Vermelha: Marechal Deodoro até Penha
  • Linha 15-Prata: Operação paralisada
  • Linhas 4-Amarela: Operação normal
  • Linha 5-Lilás: Operação normal

SÃO PAULO, 9h: Passageiros formam fila na estação Tatuapé do Metrô após cerca de 3 horas fechada — Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, houve grande adesão à greve entre os operadores dos trens. Por isso, tiveram de chamar “quem fosse capaz de operar o trem”.

Em nota, o Metrô de São Paulo disse que não concorda com a decisão de paralisação anunciada pelo Sindicato dos Metroviários e está tomando todas as medidas para minimizar o impacto para os mais de 5 milhões de passageiros diários.

Segundo o Metrô, um plano de contingência será colocado em prática conforme os metroviários se apresentarem para trabalhar. A estatal afirmou que a Justiça determinou que o serviço funcione com pelo menos 80% da capacidade nos horários de pico.

SÃO PAULO, 5h55: Usuários na entrada da estação Tucuruvi do Metrô de SP — Foto: Tatiana Santiago/G1

Trens da CPTM

SÃO PAULO, 5h50: Informativo da CPTM na estação Aeroporto sobre paralisação nas linhas do Metrô de São Paulo — Foto: Tatiana Santiago/G1

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) informou que todas as linhas operam normalmente nesta sexta.

Ônibus da EMTU

Na região metropolitana, a EMTU disse que, por volta das 11h, a operação na Grande São Paulo está normalizada, à exceção da região de Guarulhos, onde as empresas Arujá, Atual, Guarulhos Transportes, Real, Transdutra e Vila Galvão permanecem paralisadas.

Por volta das 6h20, o Terminal Metropolitano de Taboão, da EMTU, em Guarulhos, os ônibus não estavam operam, apenas os micro-ônibus municipais.

SÃO PAULO, 4h50: Plataformas para ônibus intermunicipais no Terminal Taboão vazias em dia de paralisação — Foto: Aldieres Batista/TV Globo

Rodízio mantido

Horas depois de ter anunciado a suspensão do rodízio de veículos, a Prefeitura de São Paulo voltou atrás e decidiu manter o rodízio nesta sexta-feira. Sendo assim, os veículos com placas finais 9 e 0 não poderão circular no centro expandido de São Paulo nos períodos de 7h às 10h e das 17h às 20h desta sexta.

Também está mantida a Zona Máxima de Restrição a Fretados e as regras de utilização da Zona Azul em toda a cidade de São Paulo.

Sobre o rodízio não ter sido suspenso, Covas afirmou: “Ontem (13), durante a tarde, havia a expectativa de greve de ônibus, mas após, conversa com líderes sindicais, indicando que haveria somente protesto, então decidimos não suspender o rodízio”.

Covas disse ainda que a Prefeitura vai monitorar a situação durante o dia para decidir se suspende ou não o rodízio. “Estamos avaliando para, se caso for, suspender o rodízio no fim do dia".

Hospitais

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo disse que, desde o primeiro horário desta sexta-feira, todos os equipamentos de saúde do município estão funcionando normalmente. Há registros de ausências pontuais em decorrência da dificuldade de transporte, porém nenhum serviço está prejudicado, segundo a Prefeitura.

Na rede estadual, o governo afirmou que não haverá paralisação de funcionários.

Nos hospitais particulares, a Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP), representante de 55 mil serviços privados de saúde no estado, informa que todos os serviços de saúde manterão o funcionamento normal e que não há nenhuma informação sobre suspensão de atendimento.

No entanto, a recomendação para os pacientes com casos que não sejam urgentes, aguardem melhor data para comparecer aos serviços de saúde, para que evitem eventuais transtornos.

Escolas

Segundo a Secretaria Estadual da Educação, "na parte da manhã as escolas registraram 8,9% de ausências de professores". A pasta disse que orientou que todas as escolas estaduais permaneçam abertas e com aulas nesta sexta. Em caso de eventuais faltas, a secretaria disse que o superior imediato irá analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação.

O sindicato que representa os professores da rede municipal de São Paulo disse que vai aderir à greve nesta sexta-feira.

A Escola Estadual Fernão Dias Paes, em Pinheiros, na Zona Oeste, está aberta. Uma funcionária disse ao G1 que só parte dos professores e funcionários aderiu à greve. Dos 600 alunos que frequentam o período da manha, apenas uma estudante compareceu. A expectativa é que as aulas à tarde sejam normais.

SÃO PAULO, 9h30: E.E. Fernão Dias Paes, em Pinheiros, abriu normalmente, mas não teve aula nesta sexta — Foto: Marina Pinhoni/G1

Na Escola Estadual Godofredo Furtado, também na Zona Oeste, nem todos os professores aderiram à greve no período da manhã. Dos cerca de 200 alunos, 100 estão tendo aula. À tarde não haverá aula porque todos os professores do período decidiram paralisar.

SÃO PAULO, 9h30: Na Escola Estadual Godofredo Furtado, nem todos os professores aderiram à greve — Foto: Marina Pinhoni/G1

Aeroportos

Nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos a operação está funcionando normalmente.

Painel em Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, indica funcionamento normal do aeroporto — Foto: G1/G1

Bancos

SÃO PAULO, 10h30: agência bancária fechada no Centro da capital — Foto: Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo

Por volta das 10h30, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região (SPBancários) informou que “dezenas de agências bancárias foram fechadas: no corredor da Avenida Paulista, nas regiões do Tatuapé e São Miguel Paulista (Zona Leste), no corredor da Faria Lima (Zona Oeste), no corredor da Voluntários (região de Santana), no centro da capital e no calçadão de Osasco”.

A reportagem do G1 verificou por volta das 10h30 que, ao longo da Avenida Vital Brasil, na Zona Oeste da capital, as agências bancárias funcionavam normalmente.

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