Por Alba Valéria Mendonça e Matheus Rodrigues, G1 Rio


Niterói, 7h: motorista não parou e atropelou manifestantes que interditavam rua — Foto: Reprodução / Redes sociais

Policiais dispersam manifestantes com bombas de efeito moral na Av. Brasil

Policiais dispersam manifestantes com bombas de efeito moral na Av. Brasil

Protestos contra a reforma da Previdência e os bloqueios na educação no RJ registraram confusão e atropelamentos na manhã desta sexta-feira (14).

Atos provocaram engarrafamentos nos acessos ao Rio pela Avenida Brasil e pela Ponte Rio-Niterói - a travessia, normalmente feita em 13 minutos, chegou a uma hora e meia.

Resumo ao meio-dia

  • O trânsito estava mais livre que o normal, segundo a média das últimas sextas-feiras: 22 km contra 55 km;
  • Transportes públicos e aeroportos operando normalmente;
  • Bancos aderiram parcialmente à greve. Agências no Centro do Rio não abriram;
  • Algumas escolas e universidades decidiram não abrir nesta sexta-feira.
  • A PM informou que intensificou o policiamento nas vias expressas.

Rio de Janeiro, 10h19: agência do Itaú na Avenida Branco, no Centro, fechada — Foto: Alba Valéria Mendonça/G1

Tensão em Niterói

Manifestantes que aderiram à greve geral em Niterói, na Região Metropolitana, foram atropelados em um ato na Rua Marquês de Paraná. Manifestantes afirmam que o motorista de um Fox vermelho acelerou diante de um ponto de bloqueio por volta das 7h.

De acordo com a Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense, duas professoras - uma da UFF e outra da Universidade Federal do Rio de Janeiro - e três estudantes da UFF foram atingidos pelo veículo. O motorista fugiu.

Motorista atropelou manifestantes no Centro de Niterói, RJ, por volta das 7h desta sexta (14) — Foto: Reprodução / Redes sociais

Confusão na Avenida Brasil

Rio de Janeiro, 7h37: PM saca arma não letal na frente de uma bomba de efeito moral contra manifestantes — Foto: Reprodução/TV Globo

No Rio, a confusão foi às 7h40. Um grupo que se concentrou no Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), no Caju, fechou a pista lateral sentido Centro da Avenida Brasil.

Esse bloqueio causou grandes impactos no trânsito da região: motoristas chegaram a demorar uma hora e meia para cruzar a Ponte Rio-Niterói, quando o normal é 13 minutos.

Como precaução, a Ecoponte fechou a alça de descida da Ponte Rio-Niterói para o Into.

A PM usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, e houve correria. Às 8h40, o ato no Into havia se dispersado.

Às 9h45, não havia atos nas ruas do Rio, e o trânsito estava mais livre que a média registrada às sextas-feiras.

Rio de Janeiro, 7h30: manifestantes caminham do Into para a Rodoviária, minutos depois haveria tumulto — Foto: Reprodução/TV Globo

Rio de Janeiro, 7h50: portuários exibem faixas em frente a um dos acessos à Avenida Brasil, mas não fecharam pistas — Foto: Matheus Rodrigues/G1

Manifestantes bloqueiam trecho da Avenida Brasil, na altura do Into

Manifestantes bloqueiam trecho da Avenida Brasil, na altura do Into

Trânsito

Pequenos grupos com faixas e bandeiras começaram a se aglomerar pouco antes das 6h. Os principais pontos de bloqueio eram:

  • Avenida Brigadeiro Trompowski, em um dos acessos à UFRJ, na Ilha do Fundão;
  • Avenida Brasil, na pista lateral, em frente ao Into, no Caju;
  • Avenida Francisco Bicalho, no Centro, sentido Ponte;
  • Avenida Marquês de Paraná, em Niterói, sentido Ponte;
  • BR-040, em Caxias, na entrada de funcionários da Reduc, a refinaria da Petrobras.

O Centro de Operações Rio media, às 11h, 22 km de engarrafamentos, volume abaixo da média registrada nas últimas três sextas-feiras no horário, que foi de 55 km.

Por volta das 15h30, manifestantes causaram interdições intermitentes em diversos pontos da Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio.

Em Campos, no Norte Fluminense, um ato chegou a bloquear os dois sentidos da BR-101, no Km 76. Às 7h, as pistas estavam liberadas, e manifestantes ocupavam o acostamento.

Manifestantes queimaram pneus na BR-101, altura de Campos dos Goytacazes — Foto: Reprodução / TV Globo

Rio de Janeiro, 7h05: passageiros que vêm de Niterói e São Gonçalo descem a alça da Ponte para o Caju a pé; acesso foi fechado meia hora antes — Foto: Reprodução/TV Globo

Rio de Janeiro, 7h45: depois de princípio de tumulto, manifestantes se protegem dentro da Rodoviária — Foto: Matheus Rodrigues/G1

Confira o trânisto do Rio nesta sexta (14) de protestos contra a reforma da Previdência

Confira o trânisto do Rio nesta sexta (14) de protestos contra a reforma da Previdência

Transportes

A circulação nos trens da SuperVia, no metrô e nos ônibus do BRT era normal.

ÔNIBUS

O RioÔnibus informou que a operação estava sem interferências nas linhas convencionais.

TRENS

A SuperVia programou para esta sexta a oferta de 2.103.600 lugares, em 942 viagens.

  • Ramal Deodoro: trens paradores – intervalo de 8 minutos; expressos - intervalo de 4 minutos;
  • Ramal Santa Cruz: intervalo entre 8 e 15 minutos;
  • Ramal Japeri: intervalo entre 8 e 15 minutos;
  • Ramal Belford Roxo: intervalo médio de 15 minutos.
  • Ramal Saracuruna: Central-Gramacho - intervalo de 10 minutos; Gramacho-Saracuruna - intervalo de 20 minutos.

METRÔ

As linhas 1, 2 e 4 funcionavam sem alterações.

VLT

Linhas 1 e 2 operando em toda a extensão.

Barcas

Todas as linhas saindo no horário.

Escolas

Parte da rede pública aderiu à greve geral, como o Colégio Pedro II. Às 8h30, as unidades do Humaitá, da Tijuca e de São Cristóvão estavam fechadas.

Já a Escola Municipal Gonçalves Dias, ao lado do Pedro II de São Cristóvão, e o Colégio Estadual André Maurois, na Gávea, estavam abertos.

Rio de Janeiro, 8h25: a unidade de São Cristóvão do Colégio Pedro II estava fechada — Foto: Matheus Rodrigues/G1

As universidades federais do Rio também não tiveram expediente nesta manhã. O câmpus da Unirio da Praia Vermelha estava deserto, e na UFRJ uma faixa convocava para a greve geral.

Faixa anunciava greve no campus da Praia Vermelha da UFRJ — Foto: Alba Valéria Mendonça/ G1

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