Por G1 Minas — Belo Horizonte


BELO HORIZONTE, 11h30: Manifestação na Praça Afonso Arinos, no Centro da capital. — Foto: Aline Aguiar/TV Globo

Protesto começa a andar por ruas e avenidas no centro de Belo Horizonte

Protesto começa a andar por ruas e avenidas no centro de Belo Horizonte

A Grande BH registrou, pela manhã e início da tarde desta sexta-feira (14), protestos e paralisações em serviços públicos. Trabalhadores cruzaram os braços contra os cortes do governo na educação e a reforma da Previdência.

As estações de metrô de Belo Horizonte e da Região Metropolitana amanheceram e permanecem fechadas. A previsão para o serviço voltar ao normal é somente neste sábado.

Por volta das 10h, manifestantes começaram se reunir na Praça Afonso Arinos, no Centro, com faixas e bandeiras de sindicatos e centrais sindicais - no começo da tarde eles seguiram em passeata até a Praça Sete. (leia abaixo).

Uma mulher teve parada cardiorrespiratória e foi internada após inalar fumaça em protesto na Avenida Antonio Carlos (leia abaixo). Ela continua em estado grave no Hospital Risoleta Tolentino Neves, na região de Venda Nova.

Paralisação em Belo Horizonte:

  • Metrô: estações de BH e Região Metropolitana permaneceram fechadas durante todo o dia
  • Ônibus: Funcionam normalmente em Belo Horizonte
  • Rodovias: MG-010, na capital; Anel Rodoviário, Fernão Dias, em Betim; BR-040, em Congonhas; MG-129, em Mariana; e BR-356, em Ouro Preto, registraram protestos
  • Saúde: Serviços parcialmente afetados. A Secretaria Municipal de Saúde ainda não tem balanço da adesão
  • Educação: Escolas municipais e UFMG têm atividades afetadas
  • Aeroportos: Aeroporto Internacional de Belo Horizonte e Aeroporto da Pampulha operando normalmente
  • Bancos: Sindicato fez convocação para greve e algumas agências fecharam as portas.

Protesto contra a reforma da Previdência no Centro de BH — Foto: Globocop

A Estação Eldorado, em Contagem, por exemplo, estava com as grades fechadas por volta das 5h50. Às 7h30, quem buscava a Estação Vilarinho, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, também encontrava portões fechados.

Por meio de nota, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) disse que obteve liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), determinando o funcionamento de 100% dos trens, no horário das 5h30 às 10h e das 16h às 20h, durante a paralisação.

Ainda segundo a CBTU, apesar de o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) ter sido notificado da decisão judicial, os trabalhadores descumpriram a determinação e todas as 19 estações permaneceram fechadas durante todo o dia.

O Sindimetro disse que foi informado da determinação judicial às 15h desta quinta-feira (13) e que não houve tempo hábil para convocação de todos os 1.700 trabalhadores.

Segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), os agentes aderiram parcialmente à paralisação, mas os serviços estão mantidos. Ônibus extras estão rodando nas estações Vilarinho e São Gabriel.

BELO HORIZONTE, 7h30: Estação Vilarinho, em Venda Nova, fechada na manhã desta sexta-feira (14). — Foto: Alex Araújo/G1

Protestos em vias de BH e rodovias

Sindipetro-MG faz manifestação na Fernão Dias, em Betim, na Grande BH

Sindipetro-MG faz manifestação na Fernão Dias, em Betim, na Grande BH

Manifestantes fecharam o trânsito, no início desta manhã, na Avenida Antônio Carlos, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. O protesto foi realizado na altura do bairro Liberdade, perto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O grupo ateou fogo em pneus para bloquear o trânsito. Durante o ato, uma mulher de 53 anos inalou fumaça, teve parada cardiorrespiratória e foi internada em estado grave no Hospital Risoleta Neves.

BELO HORIZONTE, 06h50: Manifestantes fecham a Avenida Antônio Carlos, próximo à UFMG. — Foto: Reprodução/TV Globo

O Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG) faz uma manifestação, na manhã desta sexta, na rodovia Fernão Dias, impactando o trânsito em Betim, na Grande BH. Por volta das 6h25, os manifestantes seguiam pela pista do sentido São Paulo, em direção à Refinaria Gabriel Passos (Regap).

Em seguida, por volta 6h45, os petroleiros atravessaram a rodovia e passaram a se concentrar na pista do sentido Belo Horizonte. Uma longa fila de carros se formou na rodovia. Às 8h, de acordo com a Autopista Fernão Dias não havia faixas bloqueadas.

Uma manifestação também afetou o trânsito na BR-040, na altura de Congonhas, na Região Central de Minas nesta manhã. De acordo com a Via 040, por volta das 6h40, a passagem de veículos estava bloqueada nos dois sentidos por causa de protesto de sindicatos próximo ao acesso à cidade, no km 611. No local, os manifestantes também colocaram fogo em pneus. A via foi liberada às 9h15.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, atos também afetam a circulação em rodovias estaduais. Por volta das 6h45, a corporação registrava o fechamento parcial da MG-010, na altura do km 14, perto da Cidade Administrativa, no sentido capital. Às 7h05, o trânsito já estava liberado

No início da manhã, também havia protestos na MG-129, em Mariana, e na BR-356, em Ouro Preto, na Região Central.

BELO HORIZONTE, 7h40: Bloqueio no Anel Rodoviário, na altura do bairro Betânia, sentido Rio de Janeiro. — Foto: Reprodução/TV Globo

Por volta das 7h15, havia um bloqueio no Anel Rodoviário, na região do bairro Betânia, no sentido Rio de Janeiro. Militares foram para o local para combater as chamas do protesto. O trânsito foi liberado pouco antes das 8h.

Por volta das 10h, manifestantes começaram se reunir na Praça Afonso Arinos, no centro de Belo Horizonte. No local, há diversas faixas e bandeiras de sindicatos e centrais sindicais. De acordo com a BHTrans, o trânsito no entorno, como na Avenida Afonso Pena, era intenso às 11h25. Por volta das 11h50, havia bloqueios nas avenidas João Pinheiro e Álvares Cabral.

No começo da tarde, eles seguiram em passeata no sentido da Praça Sete, fechando a Avenida Afonso Pena inicialmente no sentido Centro e, por volta das 12h50, em ambos sentidos. Às 14h30, o trânsito havia sido liberado.

Os manifestantes se concentravam na Praça da Estação às 15h. O trânsito na Avenida dos Andradas chegou a ser impedido, mas foi liberado às 14h50.

A manifestação terminou por volta das 16h.

À noite, ainda havia reflexos no trânsito.

Belo Horizonte tem dia de protestos contra cortes do governo na educação e reformas

Belo Horizonte tem dia de protestos contra cortes do governo na educação e reformas

BELO HORIZONTE, 12h33 - Manifestação passa pela Afonso Pena com destino à Praça Sete — Foto: Globocop

BELO HORIZONTE, 10h30: Manifestantes se reúnem na Praça Afonso Arinos — Foto: Carlos Eduardo Alvim/TV Globo

BELO HORIZONTE, 11h55: Manifestantes sobem em torre durante protesto no Centro — Foto: Reprodução/Globo

CONGONHAS, 6h40: Manifestantes fecham BR-040 — Foto: Via 040/Divulgação

Saúde

BELO HORIZONTE, 8h20: Centro de Saúde Santa Amélia, na Região da Pampulha, funcionou parcialmente — Foto: Alex Araújo/G1

Os serviços de saúde em Belo Horizonte foram parcialmente afetados nesta sexta-feira (14). O posto de saúde Santos Anjos, no bairro Santo André, na Região Noroeste de Belo Horizonte, por exemplo, está aberto desde às 7h, mas não realizará coletas e exames nesta sexta-feira (14). Já o Centro de Saúde Santa Amélia, na Região da Pampulha, funcionou parcialmente.

De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de BH e Região (Sindeess), os membros foram convocados para a greve, mas a adesão é espontânea. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o balanço do funcionamento será divulgado no fim do dia.

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou que as unidades mantidas pela entidade funcionam normalmente nesta sexta;

Educação

Escolas em BH ficam fechadas nesta sexta-feira devido à paralisação

Escolas em BH ficam fechadas nesta sexta-feira devido à paralisação

Algumas escolas também estavam fechadas na manhã desta sexta-feira (14). A Umei Nova Esperança, na Avenida Américo Vespúcio, na Região Noroeste de BH, estava com um aviso na porta sobre a paralisação. Na Escola Municipal Arthur Guimarães, também havia um cartaz comunicando a suspensão das aulas. Até às 8h15, o balanço da Secretaria Municipal de Educação sobre o funcionamento das escolas não havia sido divulgado.

Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foram afetados aulas e serviços. O Espaço do Conhecimento – espaço cultural mantido pela instituição e localizado na Praça da Liberdade –, por exemplo, não abre para visitação. No campi Pampulha e Saúde, manifestantes se concentraram nesta manhã.

De acordo com a assessoria da universidade, não há balanço das atividades impactadas.

BELO HORIZONTE, 10h20: Faixa que critica corte de verbas na educação foi colocada na Faculdade de Medicina da UFMG — Foto: Fernando Zuba/TV Globo

Bancos

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte e Região, em assembleia realizada no dia 6 de junho, decidiu pela adesão à paralisação. Nesta sexta, no entanto, não sabia informar quantas e quais agências não abriram as portas. O Sindicato informou ao MG1 que a adesão é grande, principalmente na região do Hipercentro de BH.

Agência da Caixa no Planalto, em BH, não funcionou nesta sexta — Foto: Alex Araújo/G1

Aviso sobre a paralisação em agência da Caixa no Planalto, BH — Foto: Alex Araújo/G1

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