(Atualizada às 17h10) Enquanto o Congresso se dedica às articulações para iniciar a votação da reforma da Previdência ainda nesta terça-feira no plenário da Câmara, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender regras diferenciadas para agentes de segurança e disse que “nunca é tarde para desfazer possíveis injustiças”.
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“Uma ou outra categoria se sente prejudicada, é justo o reclame deles. O que mais se fala é em possíveis transições”, disse. Ao ser questionado se ainda defende ajustes para atender pleitos de policiais, Bolsonaro disse que essa classe “nunca teve privilégio” e que os agentes de segurança poderão ter um novo projeto após a aprovação da PEC atual.
“Pelo que tudo indica, que chegou ao meu conhecimento é que essas classes – da segurança pública – deverão sair da PEC e deverão compor uma lei complementar tão logo seja promulgada essa PEC”, disse, após participar de evento de lançamento do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado, no Hospital da Criança, em Brasília.
“O que eu tenho falado é a questão do privilégio. Todo mundo está colaborando de uma forma ou de outra com essa questão da previdência, agora, privilégio essa classe nunca teve. Então, acho que o ajuste passa por aí”, reforçou.
Bolsonaro voltou a elogiar a atuação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a quem chamou de “comandante dos deputados no momento”.
Ele não citou, no entanto, a articulação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e disse que fez todos os contatos possíveis via sua assessoria “No caso o ministro da secretaria de governo, general Ramos, para colaborar nesse sentido”, disse. A previsão era que Ramos só assumisse a articulação após a votação da reforma na Câmara.
“Eu sei que o Rodrigo Maia quer o melhor para o Brasil, por isso ele está empenhado na aprovação dessa nova Previdência e acreditamos que ela seja aprovada até sábado. No meu entender, aponta para que o Brasil retome a economia”, completou.