RIO - A
aprovação
do texto-base
da
reforma da
Previdência
em
1º turno
com 379 votos - muito acima dos já otimistas 330 que o governo estimava às vésperas da votação - se deu graças à adesão de deputados que contrariaram a indicação de seus partidos e
votaram "sim"
. Era necessário o apoio de, no mínimo, 308 deputados para que o projeto avançasse.
Quer saber quanto tempo falta para você se aposentar pelas novas regras da reforma?
Simule aqui na
calculadora da Previdência
O maior "racha" ocorreu na bancada do PSB, que havia orientado seus parlamentares a votar contra a reforma. Onze dos 32 deputados acabaram votando a favor do texto, como os parlamentares Emidinho Madeira (MG), Jefferson Campos (SP) e Liziane Bayer (RS).
No PDT, oito dos 27 parlamentares votaram favoravelmente à reforma, contrariando a determinação do partido. O presidente do PDT, Carlos Lupi, havia sinalizado que poderia expulsar parlamentares da legenda que votassem a favor da reforma. O líder da legenda na Câmara, André Figueiredo (CE), chamou de “futuros traidores” deputados que desobedecessem a orientação.
Ela também descartou ter tomado sua decisão em troca de recebimento de emendas parlamentares. Em seu primeiro mandato, a deputada é uma das congressistas mais populares da atual legislatura, foi a sexta mais votada em São Paulo e é cotada para disputar a prefeitura da capital paulista. Até esta quinta, ela integrava o grupo de indecisos, mas já havia sinalizado posições favoráveis ao texto.
Além de Tabata, votaram a favor do texto os pedetistas Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Marlon Santos (RS), Jesus Sérgio (AC), Gil Cutrim (MA) e Flávio Nogueira (PI). Do PL, apenas o deputado Tiririca (SP), entre 38 parlamentares, contrariou a indicação partidária e votou "Não". Nesta quinta-feira, dia seguinte à votação, o
PDT informou que vai processar Tábata e os outros sete deputados
que foram a favor da reforma da Previdência.
No PSD, apenas dois dos 36 parlamentares votaram contra a reforma, entre eles Wladimir Garotinho (RJ), filho do ex-governado do Rio Anthony Garotinho. Sua irmã Clarissa Garotinho também contrariou a orientação do seu partido, o PROS, e votou contra a mudança nas aposentadorias.
PSL (partido do presidente Jair Bolsonaro), DEM (do presidente da Câmara, Rodrigo Maia), MDB, Novo, Patriota, Podemos votaram em bloco a favor da reforma, sem qualquer voto contrário entre seus parlamentares. No PSDB, que também declarou apoio à reforma, apenas a deputada Tereza Nelma (AL) votou contra o texto.
Os partidos que votaram juntos contra a reforma, sem qualquer racha entre seus deputados, foram PT, PCdoB e Psol.