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LAVA-JATO

Vaza-Jato: nenhum procurador entregou seu celular para perícia da PF

Geraldo Bubniak

Passadas três semanas desde que a PF começou a investigar como foram interceptadas as mensagens obtidas pelo "The Intercept", a reação dos donos dos celulares é diversa.

Entre os procuradores, Deltan Dallagnol à frente, nenhum enviou seu celular para pericias policiais.

Já Sérgio Moro, a juíza Gabriela Hardt e o desembargador do TRF-2 Abel Gomes entregaram os seus respectivos aparelhos para a PF.

(Atualização, às 15h01. A força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba enviou a seguinte nota: "Diante das informações que estão circulando de que os telefones celulares dos procuradores da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal em Curitiba não foram entregues para perícia, cumpre esclarecer que Polícia Federal (PF) e Procuradoria-Geral da República (PGR) informaram que as evidências dão conta de um ataque hacker criminoso sobre contas de aplicativos e não sobre os aparelhos celulares, razão pela qual eventual perícia dos aparelhos não contribuirá para as investigações.Como já informado em nota no dia 19 de junho: “Tendo em vista a continuidade, nos dias subsequentes, das invasões criminosas e o risco à segurança pessoal e de comprometimento de investigações em curso, os procuradores descontinuaram o uso e desativaram as contas do aplicativo ‘Telegram’ nos celulares, com a exclusão do histórico de mensagens tanto no celular como na nuvem. Houve reativação de contas para evitar sequestros de identidade virtual, o que não resgata o histórico de conversas excluídas. Também imediatamente após as constatações, e antes que houvesse notícia pública sobre a investida hacker, a força-tarefa comunicou os ataques à PGR e à PF em Curitiba, que, uma vez que não prejudicaria as linhas investigatórias em curso, orientou a troca dos aparelhos e dos números de contato funcionais dos procuradores.” Com a troca dos aparelhos, os procuradores não estão mais na posse de seus antigos aparelho, que foram restituídos para a Procuradoria da República no Paraná. A força-tarefa seguiu e seguirá as recomendações da PF e da PGR para a completa apuração dos fatos.")

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