A escalada das tensões na Guerra Comercial entre China e Estados Unidos atingiu em cheio o mercado nesta 2ª feira (5.ago.2019). As principais Bolsas do mundo fecharam em queda e o dólar está o cotado R$ 3,9561, maior valor em 2 meses.

O dia começou agitado com a ameaça chinesa de suspender a compra de produtos agrícolas norte-americanos. Entre os agentes do mercado, o temor é que a disputa entre as duas potências evolua para uma guerra cambial.

Apesar da importação ter sido suspensa, a China decidiu ainda por desvalorizar sua moeda como forma de atacar os EUA. Com a decisão dos chineses, US$ 1 dólar vale agora mais de 7 yuans (moeda do país), índice que não era atingido desde a crise de 2008.

O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou a nação asiática de manipular o yuan. A atitude da China foi uma resposta à imposição de novas tarifas de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses pelos EUA.

Principais bolsas em queda

Nos Estados Unidos, a Nasdaq –maior Bolsa do país– recuou 3,47%, a 7.726,04 pontos. Foi a maior queda do ano na Bolsa novaiorquina. Ainda em Wall Street, o índice Dow Jones também registrou forte queda de 2,89%, fechando com 25.718,83 pontos.

A Europa também sentiu os efeitos da guerra comercial. Com a troca de farpas e as ameaças entre entre China e EUA, a Bolsa de Londres fechou em queda de 2,47%. Já na China, principal envolvida nas tensões desta 2ª (5.ago), o impacto foi mais tímido e a bolsa local encerrou com -1,62%.

Eis uma tabela preparada pelo Poder360 com o resultado das Bolsas dos países do G20 nesta 2ª feira (5.ago):

Nenhum índice dos 19 países do G20 (a União Europeia não foi incluída) registrou alta no pregão desta 2ª feira (5.ago).

Ibovespa segura os 100 mil pontos

O principal índice da B3, a Bolsa de valores de São Paulo, caiu abaixo dos 100 mil pontos durante esta 2ª (5.ago). Porém, recuperou os 6 dígitos e fechou 1º pregão da semana com queda de 2,51%, a 100.097 pontos.

Das 66 ações listadas na Ibovespa, apenas duas encerraram em alta. A Marfrig subiu 1,03% e o IRB teve alta de 0,14%.

Além da queda da Bolsa, o dólar teve forte alta frente ao real. Isso se ocorreu principalmente por causa da piora do cenário externo, que atinge com maior profusão países com moedas emergentes. Cotado a mais R$ 3,95, o dólar fechou o dia com alta de 1,66%.