Blog do Camarotti

Por Gerson Camarotti

Comentarista político da GloboNews, do Bom Dia Brasil, na TV Globo, e apresentador do GloboNews Política. É colunista do G1 desde 2012


O Palácio do Planalto foi alertado de que o governo terá que melhorar a relação com senadores justamente no momento em que o presidente Jair Bolsonaro trabalha pela indicação no Senado do nome do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Até mesmo aliados do governo reconhecem que há dificuldade nesta relação entre Senado e o Executivo. Cotado para ser o relator da indicação de Eduardo Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), reconhece que há reclamações dos senadores por causa do tratamento recebido por ministros e assessores do governo nestes últimos meses.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante viagem aos Estados Unidos em novembro do ano passado — Foto: Paola de Orte/Agência Brasil

“Há muita reclamação dos senadores. Existe uma dificuldade enorme de ministros e assessores para receber os senadores. Essa relação já devia ter melhorado antes para facilitar a vida do presidente. Mas percebo um movimento do governo para normalizar essa relação”, disse ao blog Rodrigues, que também é vice-líder do governo.

“Não vejo o presidente Bolsonaro criando dificuldades para o Congresso. Mas os ministros precisam ajudar. Os senadores têm demandas e interesses legítimos dos seus respectivos estados. Nesses casos, é preciso ter uma recepção por parte do governo”, reforçou Rodrigues.

Apesar disso, Rodrigues avalia que o nome de Eduardo Bolsonaro será aprovado no Senado. “A manifestação elogiosa do presidente americano Donald Trump ajudou muito. E o Eduardo vai conversar com todos os senadores, inclusive os de oposição”, concluiu o senador.

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