Caminhoneiros autônomos são orientados a retomar transporte de cargas

Satisfeitos com propostas do governo

Falta de unificação dificulta retomada

Carlos Alberto Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí (RS) e Gilson Baitaca, Presidente do MTG, chegando no Palácio do Planalto.
Copyright Sérgio Lima/Poder360 - 27.mai.2018

O presidente do Sinditac-Ijuí (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Ijuí), do Rio Grande do Sul, Carlos Alberto Dahmer, afirmou que os caminhoneiros autônomos estão sendo orientados a retomar o transporte de cargas nesta 2ª feira (28.mai.2018).

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“Para quem queria avanço, queria conquistas para a categoria, está resolvido. O problema é que tem outras pessoas que não querem isso, que estão por 1 movimento partidário, ideológico, e não em busca de melhorias econômicas”, disse ao Poder360.

Ele afirmou que pode haver resistência em grupos do movimento que tinham reivindicações políticas e manifestaram intenções intervencionistas, por uma mudança no modo de governo do país.

Pouco antes de anunciar novas medidas, o presidente da República, Michel Temer, recebeu os representantes de sindicados. O Sinditac-Ijuí não havia assinado acordo com o governo na última 5ª feira (24.mai.2018).

Eles apresentaram mais exigências e afirmaram que a desmobilização da paralisação só aconteceria quando as promessas fossem oficializadas no DOU (Diário Oficial da União). Como foi feito pelo governo, em edição extra neste domingo.

A grande dificuldade do governo, no entanto, é costurar 1 acordo com todos os envolvidos na paralisações. Não há uma liderança unificada do movimento, o que prejudica as negociações.

Reivindicações atendidas

Dahmer afirmou que a categoria sai “vitoriosa” das negociações. Na avaliação dele, todos os pleitos foram atendidos, com destaque para o estabelecimento de uma tabela com preços mínimos de frete.

“Nosso desejo era que o desconto fosse maior, além dos R$ 0,46. Mas, nem sempre dá para sair com 100% dos pedidos atendidos. No nosso caso, sempre saímos com nada”, afirmou.

Segundo ele, a proposta apresentada ao presidente era de que o preço do diesel nas bombas fosse reduzido ao mesmo patamar de julho de 2017, em torno de R$ 2,90, e congelado durante 90 dias.

Com a medida do governo, de redução de R$ 0,46, o sindicato estima que o preço do combustível ficará em torno de R$3,20 a R$ 3,30.

Ele afirmou que a categoria ainda trabalhará em outras demandas, como o marco regulatório do setor, em análise na Câmara dos Deputados. “Já temos 1 acordo com o presidente, o deputado Rodrigo Maia”, disse.

Questionado sobre se o novo pacote de concessões seria suficiente para cravar o fim da paralisação, ele disse que “não finaliza, pois há interesses políticos de outros movimentos”.

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