O PSL estuda uma maneira de afastar o ex-ministro do Tribunal Superio Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga da defesa de Jair Bolsonaro. O grupo ligado ao presidente da sigla, Luciano Bivar, pretende solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) suspeição de Gonzaga no caso. A justificativa é a de que ele atuou como relator das contas da campanha presidencial da sigla.
Em seu parecer, Gonzaga se posicionou pela aprovação e apontou que as inconsistências não comprometeriam as contas do partido. O então ministro determinou que a sigla devolvesse R$ 750 ao erário. Gonzaga deixou a corte eleitoral em 25 de abril deste ano.
Leia mais: A lista de parlamentares que querem abrir a caixa preta do PSL
Na sexta-feira (11), Gonzaga assinou com a advogada Karina Kufa uma notificação em nome de Bolsonaro e de 21 parlamentares para que o PSL apresente em cinco dias todas as prestações de contas dos últimos cinco anos.
O pedido de suspeição geralmente é feito em relação a juízes, mas integrantes do PSL avaliam que também pode se aplicar ao advogado, já que agora Gonzaga questiona contas que o próprio aprovou quando foi ministro do TSE.
Procurado, o Gonzaga afirmou que se o pedido se concretizar será "uma das coisas mais descabidas" que já viu.
— A postura do PSL só me traz certeza de que estou no caminho certo sobre o pedido de esclarecimento dos recursos públicos do partido. — disse à coluna.
Leia mais:
STJ nega liberdade de integrante de quadrilha de hackers
Agenda de Bolsonaro na China prevê assinatura de acordo para transferência de condenados