Por G1 São Paulo


Fila em posto de combustíveis na Rodovia Régis Bittencourt subia por alça de acesso — Foto: TV Globo/Reprodução

O Sincopetro (Sindicato de Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), que representa os postos de combustíveis, informou na tarde desta terça-feira (29) que 12% dos postos da Grande São Paulo tinham combustível. O valor representa 300 estabelecimentos dos mais de 2 mil postos da região. No período da manhã, apenas 5% estavam recebendo álcool e gasolina.

Apesar das filas, os postos com combustível funcionavam sem problemas, segundo o sindicato. No entanto, já havia relatos de postos onde houve combustível mas já havia acabado no fim da tarde.

Em nota, o presidente do sindicato, José Alberto Paiva Gouveia, afirmou que "as entregas do combustível de boa qualidade foram feitas durante a madrugada sob escolta policial". "A entrega de combustível é mínima e não há previsão para normalizar a situação na cidade de São Paulo", completou.

Segundo o sindicato, 80% da entrega do combustível é feita pelos caminhões das refinarias que só conseguem sair escoltados. Os outros 20% da entrega é feito por caminhoneiros que estão em greve.

Segundo a associação das distribuidoras, ainda deve demorar de sete a dez dias para que a situação nos postos volte ao normal.

Reunião com caminhoneiros

Na manhã desta terça feira (29), o governador de São Paulo, Márcio França, se reuniu com representantes dos caminhoneiros que protestam no estado.

Segundo França, os caminhoneiros podem conseguir R$ 3,5 mil por mês com a proposta de acordo que inclui congelamento de diesel, fim da cobrança do pedágio de eixo suspenso, remoção de multas e tabelamento do frete.

"No caso de São Paulo, o combustível de R$ 0,46 a menos, daria uma diferença de R$ 2,5 mil para cada caminhoneiro", disse França. "Ele passaria a ter R$ 2,5 mil a mais de economia no combustível. E, no pedágio, R$ 1 mil a mais, o que é não é uma coisa desprezível."

Quando perguntado sobre a necessidade do uso da Tropa de Choque, França disse que não dá para afirmar, porque "em todos os instantes o diálogo sempre foi proposto". "Antes todas as somente refinarias estavam tomadas, agora a Petrobras, então estamos avançando, temos que ter paciência."

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