RIO — O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e de Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb) informou que, até as 13h desta terça-feira, cerca de 15% dos postos de combustíveis tinham sido plenamente abastecidos. Motoristas das zonas Sul e Norte já podem abastecer seus veículos.
A expectativa é que a situação se normalize em cinco dias. Isso porque os suprimentos continuam sendo enviados aos poucos, o que significa que ainda há estabelecimentos sendo abastecidos com apenas cinco mil litros de cada combustível, quando o normal seriam 30 mil litros.
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Durante a madrugada, muitos postos que já receberam combustível tiveram longas filas. Ao longo da manhã, no entanto, o movimento começou a se regularizar em alguns postos, como no Rio Maracaña, na Rua Ribeiro Guimarães, na Tijuca. Com estoques vazios desde sábado, o posto recebeu 10 mil litros de etanol nesta segunda-feira à noite, e as filas chegaram a duas horas. Nesta terça-feira, no entanto, não passava de meia hora.
— Estou esperando aqui há cerca de 20 minutos, é só parei porque vi que a fila estava pequena e que o atendimento seria rápido. Se fosse demorar, eu nem pararia, porque não posso me atrasar para o trabalho — afirmou o veterinário Paulo Henrique Gonzales, de 46 anos, que já estava próximo da bomba.
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Alta de preços
O etanol está sendo vendido a R$ 3,59. Na sexta-feira antes da greve, ele custava R$ 3,29. A expectativa no posto é que a gasolina chegue na tarde de hoje.
Abastecimento defasado
O reabastecimento do Posto Bacarense, localizado na Praça da Bandeira, região Central do Rio, veio na madrugada desta terça-feira. Às 5h, 35 mil litros de combustíveis eram descarregados no estoque do local. Foram 15 mil litros de gasolina comum, vendida a R$ 5,09; 10 mil litros de gasolina aditivada, vendida a R$ 5,19 e 10 mil litros de etanol, comercializado a R$ 3,79. Sem combustíveis líquidos desde o último sábado, o posto recebeu um carregamento defasado, já que o pedido original era de mais de 100 mil litros, incluindo todos os combustíveis.
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— O pedido de 105 mil litros, divididos entre etanol, diesel e gasolina comum e aditivada, está feito desde sábado. Nesta terça, já melhorou um pouco, mas ainda não veio o diesel — afirmou o gerente Manoel Mousinho.
Gasolina insuficiente
Os 10 mil litros de gasolina comum e aditivada que chegaram hoje, às 4h da manhã, ao Posto Centro Automotivo Golfe Clube se esgotaram. O estoque zerou por volta das 12h. Também não há diesel. A situação do estabelecimento, que fica na Estrada da Gávea 820/850, atrapalhou o motoboy Francisco Fernandes Sousa Alves, de 34 anos. Sem combustível há quatro dias, ele depende da moto para trabalhar e está desde sábado parado.
— Eu trabalho como motoboy em Copacabana, entregando pizza, e tomei um prejuízo de mais 300 reais porque estou há quatro dias sem poder trabalhar. Minha moto não vê combustível desde sábado. Esse é o terceiro posto em que passo e não encontro combustível. Antes eu passei num posto da Gávea e em outro da Rocinha — relatou.
Entrega incompleta
No Posto Poney, na Lagoa, Zona Sul do Rio, apenas os estoques de gasolina comum e aditivada foram preenchido, às 9h desta terça. Foram 10 mil litros de cada combustível, que estão custando R$ 5,25 e R$ 4,29, respectivamente. Ainda não está confirmado se etanol e diesel chegariam hoje. A fila fez a motorista Cecília Monarca esperar cerca de trinta minutos para ser atendida.
— Eu nunca abasteço aqui, mas sei que esse posto é sempre mais caro. Esse valor está alto — declarou.
* Estagiário sob supervisão de Lucianne Carneiro