Um dos subgêneros que renderam filmes interessantes é o que aborda a relação entre professores e alunos. “Ao mestre com carinho” ( 1967), “Karatê Kid” (1984) e “Professora sem classe” (2011) são exemplos de diferentes gêneros, mas talvez os mais bem acabados sejam os ganhadores do Oscar de roteiro “Sociedade dos poetas mortos” (1989) e “Gênio indomável” (1997). O mesmo mote de professor e aluno aprendendo um com o outro está em “Desafio de campeão”.
As mulheres estão no comando no filme com Angelina Jolie, Elle Fanning e Michelle Pfeiffer. O Bonequinho diz que “a atualidade da fábula se impõe na preservação do mais que oportuno apelo à paz num mundo assombrado pela guerra”. (Daniel Schenker)
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Em guerra
O que impressiona na narrativa sobre a luta contra cortes de uma fábrica, capitaneada por Laurent (Vincent Lindon), e dá mais força ao relato é o tom documental e vibrante. Sem abrir espaço para dramas familiares, Stéphane Brizé nos coloca diante de impasses que tal situação impõe. (Marcelo Janot)
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Desafio de um campeão
O filme sobre um professor (Stefano Accorsi) que ajuda um craque (Andrea Carpenzano) a ter disciplina, faz um relato contundente que remete a casos de talentosos que ficam milionários cedo e podem se sentir autorizados a fazer qualquer coisa sem medir as consequências. Drama e futebol sem ser piegas. (Mario Abbade)
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O enigma da rosa
A capa de estabilidade familiar desmorona quando a menina Sara (Patricia Olmedo) desaparece. Para tê-la de volta, os pais e o irmão são obrigados a fazer confissões que trazem à tona graves deslizes éticos. A hábil condução do suspense e as boas interpretações prendem a atenção do espectador até o final. (Daniel Schenker)
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Euforia
O filme bebe na tradição dos dramas familiares italianos. Um empresário bem-sucedido (Riccardo Scamarcio) distante do irmão (Valerio Mastandrea). Uma doença os aproxima, e os apresenta um ao outro. Um filme de atores, escrito por mulheres — Valeria Golino, Francesca Marciano e Valia Santella — e pungente. (Sérgio Rizzo)
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O filme assume parentesco imediato com distopias que apresentam famílias sobrevivendo em situação limite. Se lembrarmos que o ator Casey Affleck sofreu denúncias de assédio sexual na época em que ganhou o Oscar, o filme em que ele dirige, escreve e atua, também soa como uma espécie de libelo feminista de sua parte. (Marcelo Janot)
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'Meu nome é Daniel'
O documentário em primeira pessoa conta a trajetória de vida de Daniel Gonçalves, que vive com uma condição até hoje não diagnosticada, com sintomas próximos à paralisia cerebral. O forte do filme é o teor confessional. Ainda que desande em momentos, convence pelo modo como conjuga singular e universal. (Ruy Gardnier)
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A noite amarela
A matriz é comum no cinema de horror — jovens isolados com uma ameaça à espreita –, mas o primeiro longa de Ramon Porto Mota aposta em narrativa descosida e num horror mais atmosférico do que físico ou gráfico. Clichês do cinema de terror são desviados para dar lugar a um retrato geracional de jovens deslocados. (Ruy Gardnier)
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Jessica forever
Ao mesmo tempo que propõe uma visão de futuro distópico, o filme investe num visual e numa narrativa vanguardistas. É uma confusão que Caroline Poggi e Jonathan Vinel, diretores de curtas premiados que estreiam na direção de longas, parecem abraçar. Mas não funciona nem como catalizador de qualquer tipo de debate. (Alessandro Gianniini)
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Na trama, Valério (o ótimo Stefano Accorsi), um professor solitário, é contratado pelo Roma para ajudar o craque Christian Ferro (Andrea Carpenzano) a concluir o ensino médio e a ter disciplina.
No início, só existem diferenças, mas logo criam uma relação que vai além do esporte. O filme de Leonardo D’Agostini faz um relato contundente que remete a casos de jogadores talentosos que ficam milionários cedo e podem se sentir autorizados a fazer qualquer coisa sem medir as consequências. O longa consegue equilibrar drama e futebol sem ser piegas. Muitos craques bem poderiam assisti-lo e repensar a carreira.