Economia

Abastecimento está normalizado, e GLO não será prorrogada, diz governo

Decisão foi tomada em reunião neste domingo e vale a partir de segunda-feira

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen
Foto: Jorge William / Agência O Globo/26-5-2018
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen Foto: Jorge William / Agência O Globo/26-5-2018

BRASÍLIA — O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, afirmou neste domingo que o governo não irá prorrogar o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza o uso das Forças Armadas em todo o território nacional para desobstrução de vias públicas.

A medida foi anunciada em 25 de maio, em meio à crise gerada pelo movimento dos caminhoneiros, e perde validade nesta segunda-feira. A avaliação do governo é que o abastecimento foi normalizado.

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— Neste momento não há nenhum elemento que sugira a prorrogação da GLO. Neste momento, a decisão é encerrá-la amanhã — disse Etchegoyen, após reunião no Palácio do Planalto.

Mesmo considerando finalizada a greve dos caminhoneiros, o grupo de monitoramento do governo se reuniu por cerca de 40 minutos na manhã deste domingo. Uma nova reunião foi marcada para segunda-feira, às 10 horas. O grupo tem feito reuniões diárias desde o início da mobilização. A prioridade era garantir o abastecimento em todo o país.

— O abastecimento está completamente normalizado — afirmou o ministro do GSI.

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O governo também acompanha mensagens que têm circulado em redes sociais e aplicativos de celular sobre uma suposta nova greve de caminhoneiros na segunda-feira . O Palácio do Planalto já divulgou em sua redes sociais uma série de vídeos para combater essas notícias. Etchegoyen afirmou que o país está em um “quadro de normalidade” que não tende ser alterado.

— Nós estamos avaliando qual o tamanho e as consequências dessa eventual mobilização para amanhã, mas sem nos preocuparmos no ponto do alarde. Mas há obviamente que ser acompanhado. Todas as notícias são acompanhadas, todos os fatos são acompanhados. A verdade é que há um movimento na mídia e há um acompanhamento nosso. Não temos nenhuma indicação de que isso mude a atitude do governo e que mude a nossa preocupação — disse o ministro.