Esportes

Por doping, Rússia é banida da Olimpíada de Tóquio e da Copa do Mundo do Qatar

Atletas russos que estiverem limpos poderão competir sem bandeira; seleção russa está fora da Copa do Qatar
Rússia está fora dos Jogos de Tóquio Foto: DAMIEN MEYER / AFP
Rússia está fora dos Jogos de Tóquio Foto: DAMIEN MEYER / AFP

MOSCOU — A longa novela envolvendo os casos de doping e m anipulação de dados laboratorias no esporte russo teve um assertivo fim na manhã desta segunda-feira. A WADA , a Agência Mundial Antidoping, baniu o país de competições internacionais pelos próximos quatro anos . Os russos têm 21 dias para entrar com recurso contra a decisão.

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A sanção foi decidida de forma unânime por um comitê de executivos da agência, em reunião em Lausanne, na Suíça. Com isso, o país fica fora da Olimpíada de Tóquio , em 2020 , dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 , em Pequim , e da Copa do Mundo de 2022 , no Qatar. Atletas russos que provarem à agência que estão limpos poderão competir sob bandeira neutra.

A WADA concluiu que os russos alteraram dados laboratoriais sem autorização, plantaram evidências falsas e apagaram arquivos conclusivos a possíveis casos de doping.

Em 2016, nos Jogos do Rio, última edição da Olimpíada de verão, o país já havia sido punido. A delegação russa, com cerca de 270 atletas, desfilou e competiu sob bandeira neutra. Neste caso, foram as federações internacionais, de cada modalidade, que ficaram responsáveis pela liberação de seus respectivos atletas para a competição, seguindo regras estipuladas pelo COI. Estas regras valeram tanto para atletas individuais quanto para modalidades coletivas. Em 2018, novamente sob bandeira neutra, a delegação do país  teve 80 atletas nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.

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Mesmo com participações nos últimos Mundiais, estrelas russas terão de comprovar, novamente, que estão longe das trapaças. Caso de Mariya Lasitskene (salto em altura) e Anzhelika Sidorova (salto com vara), ambas campeãs de suas provas no último Mundial de atletismo; Yuliya Yefimova (200m peito), Anton Chupkov (200m peito) e Evgeny Ryov (200m costas), todos medalhistas de ouro no mais recente Mundial de natação; e Nikita Nagornyy (individual geral e salto) e a equipe masculina de ginástica, campeões do mundo — em todos estes casos, os atletas não representaram a Rússia e sob bandeira neutra.

O escândalo começou em 2015, quando surgiram evidências de casos de doping em massa no esporte do país. A Agência Antidoping do país, a RUSADA, foi suspensa naquele ano.

Sede da última Copa do Mundo, a Rússia fica proibida de sediar eventos esportivos internacionais durante o período de punicão. Seus dirigentes esportivos estão proibidos de frequentar tais eventos. Em caso de recurso, o julgamento será levado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).