Finanças
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Por Estevão Taiar e Alex Ribeiro, Valor — Brasília e São Paulo


O Comitê de Política Monetária (Copom) cortou nesta quarta-feira a taxa básica de juros de 5% ao ano para 4,5%, em linha com a expectativa dos economistas de mercado. Foi a quarta queda consecutiva, levando a Selic para nova mínima histórica.

No comunicado que anunciou a decisão, divulgado hoje, o Banco Central (BC) destaca que os “dados de atividade econômica a partir do segundo trimestre indicam que o processo de recuperação da economia brasileira ganhou tração, em relação ao observado até o primeiro trimestre de 2019. O cenário do Copom supõe que essa recuperação seguirá em ritmo gradual”, diz o comunicado.

“O Comitê avalia que diversas medidas de inflação subjacente encontram-se em níveis confortáveis, inclusive os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”, diz o comunicado.

Na reunião anterior, o Copom havia cortado a Selic de 5,5% para 5%. A taxa básica vem testando mínimas históricas desde o fim de 2017, quando atingiu 7%. Até então, o menor patamar desde o início do regime de metas de inflação, implantado em 1999, havia sido atingido em 2012 e 2013, quando a Selic ficou em 7,25%.

Na semana passada, entre 75 instituições consultadas pelo Valor, 72 calculavam corte de 0,5 ponto percentual da Selic, para 4,5% ao ano. Outras três casas esperavam corte de 0,25 ponto.

O colegiado volta a se reunir nos dias 4 e 5 de fevereiro de 2020.

Cautela

O Copom afirmou que “o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária”.

O colegiado também destaca que “seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”.

No comunicado, o Copom afirma que decidiu por unanimidade cortar a taxa básica de juros para 4,5%. “O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2020 e, em grau menor, o de 2021”, diz.

Além disso, reforça que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa.

O colegiado também afirma que o processo de reformas e ajustes na economia brasileira tem avançado. No entanto, enfatiza “que perseverar nesse processo é essencial para permitir a consolidação da queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”.

“O comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes”, diz.

Retomada

Os dados da atividade econômica indicam que a economia ganhou força a partir do segundo trimestre, na avaliação do Copom.

“Dados de atividade econômica a partir do segundo trimestre indicam que o processo de recuperação da economia brasileira ganhou tração, em relação ao observado até o primeiro trimestre de 2019”, diz o colegiado. Na avaliação do Copom a “recuperação seguirá em ritmo gradual”.

Em relação ao setor externo, o Copom afirma que o ambiente é “relativamente favorável”.

“No cenário externo, a provisão de estímulos monetários nas principais economias, em contexto de desaceleração econômica e de inflação abaixo das metas, tem sido capaz de produzir ambiente para economias emergentes”, diz.

Por fim, afirma que em diversas medidas de inflação subjacente, “os componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária”, estão em níveis “confortáveis”.

Mais recente Próxima Ibovespa tem leve alta em meio a decisão sobre juros nos EUA

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