EUA tenta convencer Reino Unido a não usar 5G da Huawei

Os Estados Unidos estão pressionando o Reino Unido para proibirem o uso da tecnologia do 5G da Huawei. A delegação de autoridades norte-americanas chegará ao Reino Unido nesta segunda-feira (6) com o objetivo de persuadir os britânicos a não usarem equipamentos da companhia chinesa.

A decisão do Reino Unido de utilizar ou não os equipamentos da Huawei deve ser anunciada “em breve”, conforme disse o ministro britânico da Segurança, Brandon Lewis, ao jornal “BBC”.

De acordo com fontes próximas ao assunto, o Reino Unido pondera sobre as alegações dos EUA sobre a tecnologia da chinesa que pode ser usada pela China para espionar a relação do Reino Unido com Pequim. Em resposta, a Huawei nega qualquer envolvimento com espionagem.

Huawei abre contestação legal contra os EUA

A Huawei entrou com uma contestação legal contra os Estados Unidos, em dezembro do ano passado. A companhia pretende impedir a vigência da decisão da Comissão Federal de Comunicações (FCC), a qual restringe a capacidade da companhia operar em solo norte-americano.

A Huawei informou que o pedido da comissão, fazendo com que as operadoras rurais dos EUA não possam um fundo de subsídio de US$ 8,5 bilhões por ano para comprar equipamentos da Huawei e de outras empresas de origem chinesa, transgride seus direitos e rotula injustamente a empresa como uma ameaça à segurança do país.

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“A FCC não deve interromper esforços conjuntos para conectar comunidades rurais nos Estados Unidos”, reforçou Song Liuping, diretor jurídico da Huawei, em comunicado.

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O recurso judicial faz parte da nova estratégia da chinesa em usar de maneira mais agressiva os meios legais com o objetivo de perseguir os concorrentes nos Estados Unidos e em outras lugares, ao passo que também realiza uma ampla campanha de relações públicas.

No início do ano, a Huawei entrou com uma ação no tribunal federal do Texas argumento contra uma lei que interrompe as vendas de seus produtos ao governo federal e contratados. Também procurou acionar judicialmente críticos na Europa, incluindo um pesquisador francês e um jornal na Lituânia.

Poliana Santos

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