Política

Governo americano pede que turistas evitem viajar a áreas de fronteira e de favelas no Brasil

Esses locais mantiveram nível máximo na escala de alerta de risco, segundo informou o consulado dos EUA no Rio
O Vidigal sé uma favela que atrai turistas pela bela vista do mar 07/06/2019 Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
O Vidigal sé uma favela que atrai turistas pela bela vista do mar 07/06/2019 Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

RIO — O Departamento de Estado dos EUA atualizou nesta terça-feira o alerta de segurança para turistas americanos que viajam ao país, reforçando a recomendação de que não visitem favelas, cidades-satélites de Brasília e áreas de fronteira. Estas áreas têm a classificação de nível 4, o mais alto da escala de risco para os turistas.

(Correção às 20h20: Esta reportagem, publicada às 12h10 desta terça-feira, informava inicialmente que o Departamento de Estado havia "elevado" o alerta para essas áreas. Em nota enviada ao GLOBO, o consulado dos Estados Unidos no Rio explicou que não houve uma mudança na classificação. As recomendações de segurança, segundo o consulado, se mantêm as mesmas desde o ano passado - o que ocorreu nesta terça foi uma atualização do site dirigido aos turistas americanos, para deixar o alerta de "nível 4" mais claro. )

Segundo o consulado, os Estados Unidos não recomendam viagens para locais a menos de 150km das fronteiras brasileiras com Venezuela, Colombia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Paraguai; nas áreas de favela; e nas cidades-satélite de Brasília, entre 18h e 6h da manhã.

O alerta de segurança para o Brasil em geral é nível 2 (em que é preciso cautela) em uma escala de 1 a 4, mas nas áreas especificadas sobe para o nível 4 (em que não é aconselhável a viagem).

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O Departamento de Estado aconselha os turistas a não visitarem "empreendimentos informais de habitação (comumente referidos no Brasil como favelas, vilas, comunidades e/ ou conglomerados) a qualquer hora do dia devido a crimes".

Sobre as favelas, o alerta informa que "nem as empresas de turismo nem a polícia podem garantir sua segurança ao entrar nessas comunidades". E ressalta que mesmo nas comunidades que a polícia ou os governos locais consideram seguros, "a situação pode mudar rapidamente e sem aviso prévio".

Ainda segundo o governo americano, os turistas também precisam ter cautela nas áreas próximas, "pois ocasionalmente os combates entre gangues e os confrontos com a polícia ultrapassam os limites dessas comunidades".