A americana Roku, uma das primeiras companhias a investir no conceito de TVs conectadas à internet, está chegando ao Brasil. “Estou lisonjeado em trazer a Roku para o Brasil, um dos maiores mercados de streaming do mundo”, disse Anthony Wood, fundador e presidente da companhia, em comunicado divulgado nesta terça-feira.
A Roku tem duas formas de atuação: um sistema operacional que é embarcado em TVs e a venda de equipamentos que podem ser ligados aos aparelhos – nos moldes do Chromecast, do Google, Fire TV, da Amazon e Apple TV.
Com ele é possível acessar cinco mil serviços de streaming de todo o mundo, com filmes e episódios de TV gratuitos e pagos. No Brasil, o Globoplay é a primeira opção de conteúdo local. Assim como no caso da Netflix, e do Spotify, é preciso uma assinatura para acessar o conteúdo.
A chegada da Roku acontece por meio de duas TVs da marca AOC que começarão a ser vendidas amanhã: uma tela de 32 polegadas, que vai custar R$ 1,2 mil e uma de 43 polegadas que vai custar R$ 1,6 mil. Os aparelhos estarão disponíveis nos sites das Casas Bahia, do Ponto Frio e do Extra. A previsão é que no começo de fevereiro eles cheguem às lojas físicas.
O Valor apurou que a TCL, que também tem uma linha de TVs com sistema Roku, está em conversas para trazer o produto ao Brasil. No comunicado distribuído nesta terça, a Roku não falou nada sobre a venda de seu próprio aparelho. Nos Estados Unidos, os aparelhos custam entre US$ 30 e US$ 130. O Chromecast e a Fire TV custam R$ 289 no Brasil.
Expansão internacional
Fundada em 2002, a empresa está em um meio a um processo de expansão internacional. A companhia atingiu a marca de 32,3 milhões de usuários ativos em novembro. Há duas semanas, a Amazon anunciou ter atingido a marca de 40 milhões de unidades do Fire TV vendidas. A última informação pública disponível do Google indica 55 milhões de unidades do Chromecast vendidas em 2017.
Entre 2015 e 2018, a receita da Roku mais que dobrou, passando de US$ 319,86 milhões para US$ 742,51 milhões. Apesar do avanço nas vendas, a companhia opera com prejuízo e Ebitda negativo. Em 2018, foram US$ 8,86 milhões, menos que a perda de US$ 63,51 milhões de 2017 e US$ 40,61 milhões em 2015, e tem Ebitda negativo (US$ 4,91 milhões em 2018, contra US$ 14,28 milhões em 2017 e US$ 35 milhões em 2015).