Blog da Andréia Sadi

Por Andréia Sadi

Apresentadora do Estúdio I, na GloboNews, comentarista de política da CBN e escrevo sobre os bastidores da política no g1


Auxiliares de Jair Bolsonaro atuam desde esta quinta-feira (23) para ajustar a relação do presidente com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

A avaliação é a de que desgastar Moro também amplia o desgaste do governo junto a apoiadores que defendem a Lava Jato e o combate à corrupção, uma das bases eleitorais do presidente.

Segundo relatos ao blog, essa base já vê com desconfiança movimentos do governo como a manutenção no cargo do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, mesmo com as denúncias de que ele seria o chefe de um esquema de laranjas no PSL de Minas Gerais.

Além disso, o governo já passa por um desgaste no seu discurso de combate à corrupção desde que estourou o chamado "caso Queiroz", envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente.

Por isso, defendem auxiliares, criar atrito com Moro publicamente prejudica o discurso do governo, que já enfrenta problemas.

Nos bastidores, assessores tentaram minimizar a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança pública. Afirmam que é “crise matrimonial” que se resolverá e citam o recuo parcial do presidente.

Bolsonaro recua e descarta desmembrar ministério comandado por Sergio Moro

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Parcial porque o presidente não descartou definitivamente a recriação da pasta: disse que “em política tudo muda” e “amanhã” não sabe.

Sobre críticas de Alberto Fraga à gestão de Moro, um aliado de Bolsonaro ironizou: “é tipo um lateral novato criticar o Pelé”. Fraga é aliado do presidente e estaria sendo cotado para a pasta da Segurança Pública.

No governo, há quem defenda que Moro seja indicado para a primeira vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que abre neste ano com a aposentadoria do ministro Celso de Mello.

É o desejo do ministro Moro, segundo o blog apurou. Porém, como disseram ministros ao blog: “isso quem decide é o presidente”.

Também há um temor entre aliados políticos do presidente de que Moro possa ser candidato em 2022, o que atrapalha os planos de Bolsonaro.

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