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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Péssimo exemplo contrariar norma médica em um surto, diz Datena sobre Bolsonaro nos atos

Apresentador de TV se diz chocado e perplexo com participação de presidente nas manifestações

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O apresentador de TV José Luiz Datena (MDB) afirma que a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas manifestações deste domingo (15) , no meio da crise do novo coronavírus, foi um péssimo exemplo para a sociedade e lhe causou espanto e perplexidade.

"Estou perplexo, até porque ele tem ainda testes para fazer [de coronavírus]. Ele está se colocando em risco, contrariou norma médica. É um péssimo exemplo contrariar ordem médica no meio de um surto", diz Datena, cotado como candidato a prefeito ou vice-prefeito de SP nas eleições de outubro deste ano.

Datena afirma ter achado elogiável a posição do presidente de desencorajar as manifestações, mas que ficou chocado ao notar a mudança de rumo.

"Não era hora de ter manifestação. Não sou contra, sou favorável a qualquer tipo de manifestação, de qualquer teor ideológico. Mas não no meio de uma pandemia. Ele tinha tomado uma posição sensata. Se os caras quiseram ir, tudo bem, mas ele sair e abraçar as pessoas... Não esperava isso, não. Quase caí da cadeira", completa.

Além do problema da ampliação da pandemia, o apresentador critica o teor das manifestações, nas quais o Congresso e o STF foram colocados como alvos.

"Manifestação de rua é aceita, é democrática, de direita e de esquerda. Mas o presidente tomar partido em uma manifestação contra instituições não é legal", avalia Datena.

Sobre um possível isolamento de Bolsonaro ao apoiar uma manifestação com teorias radicais, que chamam o coronavírus de mentira e pedem intervenção militar, ele diz que não acredita numa ruptura institucional e torce para que não esteja acontecendo um movimento nesse sentido.

"Sou contra qualquer isolamento do presidente e a favor da democracia. Espero que ele não esteja caminhando para o isolamento. Para acabar a doença depende de isolamento. Se você começar a chamar as pessoas às ruas, as pessoas vão morrer e não é de bala, nem de tiro, mas por falta de responsabilidade", conclui.

A coluna Painel agora está disponível por temas. Para ler todos os assuntos abordados na edição desta segunda-feira (16) clique abaixo:

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