Coronavírus

Por G1


Ciclistas que trabalham com entrega de alimentos passam pela Piazza Duomo em Milão, na Itália, que estava deserta na terça-feira (31) — Foto: Piero Cruciatti / AFP

O chefe da Defesa Civil italiana, Angelo Borrelli, disse nesta sexta-feira (3) que o confinamento será prorrogado, pelo menos, até 2 de maio. Ele reforçou a necessidade de um isolamento rigoroso.

"Infelizmente não acredito que essa situação tenha passado até 1º de maio, precisamos ser extremamente rigorosos", disse Borrelli em entrevista à rádio pública RAI 1. Para ele, os italianos terão que ficar em casa "por muitas semanas" ainda.

A Itália vive, desde o dia 9 de março, um isolamento total que inclui a suspensão de aulas e de serviços não essenciais. Eventos foram cancelados, e até mesmo o transporte de mercadorias foi limitado. O fim do confinamento estava previsto para o dia 13 de abril.

Medidas de confinamento

Imagem de um prédio em Roma, na Itália, em 13 de março de 2020 — Foto: Yara Nardi/Reuters

Há quase um mês, toda a Itália vive um regime bastante restrito de confinamento, para evitar a propagação do novo coronavírus no país, que até esta sexta-feira é o que mais registrou mortes por Covid-19 em todo o mundo.

  • Todo o comércio, exceto farmácias e mercados, deve ficar fechado
  • Entregas de refeições em domicílio estão mantidas
  • Serviço de transporte continua em funcionamento
  • Bancos, correios e seguradoras continuam abertos
  • Fábricas podem funcionar, desde que garantam condições de segurança

A Itália teve 13.915 mortes associadas ao coronavírus; destas, 760 foram nas últimas 24 horas. O número de infectados pelo vírus Sars-Cov-2 no país é de 115.242, segundo o Ministério da Saúde.

Mudanças sociais

Durante a entrevista, Borelli observou que "o coronavírus mudará a abordagem em relação aos contatos humanos e interpessoais”.

“Teremos que manter distância por algum tempo” – Angelo Borrelli, chefe da Defesa Civil italiana.

Em relação à "fase dois" anunciada pelo primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte, que consistirá na abertura gradual das atividades, Borrelli especificou que isso só poderá ocorrer a partir de 16 de maio.

"Devemos aplicar medidas firmes e cautelares, porque a possibilidade de retorno do vírus não está excluída, como demonstram as novas medidas na China", disse.

Praça da Catedral de Milão, vazia, é lavada por um funcionário, em 31 de março de 2020 — Foto: Flavio Lo Scalzo/Reuters

Volta gradual

A Itália estuda um plano para sair do confinamento e retomar as atividades, após o anúncio do ministro da Saúde de prorrogação do isolamento devido à pandemia do novo coronavírus.

Autoridades italianas, entre elas o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, insistem em que o retorno do país a suas atividades tem que ser gradual.

O momento adequado par retomar as atividades poderia ser quando o número de novas infecções for zero, ou próximo de zero, em todo o território. Para especialistas, este momento poderia acontecer entre 5 e 16 de maio, segundo a região.

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