Depois de muito debate interno sobre a adoção do “Fora Bolsonaro”, o PT decidiu que chegou a hora de elevar o tom sobre o presidente. A avaliação veio depois que Bolsonaro discursou em um ato com manifestantes que defendiam o fechamento do Congresso e reedição do AI-5. Para organizar como isso será feito, a sigla marcou para terça-feiraa (21) uma videoconferência com o ex-presidente Lula e as bancadas do Senado e da Câmara.
Não está definido se o partido vai apresentar um pedido de impeachment de Bolsonaro. Mas munição para isso o PT tem. A área jurídica da sigla fez um estudo e levantou uma lista de possíveis crimes de responsabilidade que podem ser atribuídos ao presidente.
– Não podemos aceitar um presidente que governa contra a Constituição que jurou defender. Ele passou de todos os limites, por isso, a questão da saída dele está posta. Como fazer isso, vamos avaliar, chamar as forças políticas mais amplas, os movimentos sociais. – disse o líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Há mais de duas semanas, uma ala do partido vem exigindo que o PT aumente as críticas contra o presidente e adote de vez o “Fora Bolsonaro”. O grupo, formando por nomes como os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Rui Falcão (PT-SP) e o ex-presidente da sigla José Genoino, assinanou um manifesto com essa pauta.