Dois dias depois do Brasil atingir 10 mil mortos, Bolsonaro diz que lamenta cada morte
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (11) lamentar "cada morte" causada pelo novo coronavírus.
Bolsonaro deu a declaração na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial. O presidente foi questionado se gostaria de se pronunciar sobre a marca de 10 mil mortes no Brasil, registrada no fim de semana. Somente outros 5 países também ultrapassaram o número.
Segundo o Ministério da Saúde, até a tarde desta segunda-feira haviam sido registradas no país 11.519 mortes, além de 168.331 casos confirmados.
"Olha, eu lamento cada morte que ocorre a cada hora. Lamento. Agora, o que nós podemos fazer, o que nós todos podemos fazer é tratar com o devido zelo o recurso público", afirmou Bolsonaro.
"Está tendo denúncia em tudo quanto é lugar, gente presa até pela Policia Federal, de desvio. Em vez de fazer a notinha de pesar, que eu acho válido, tudo bem, tá certo, também sou pesaroso nessas questões, tem que dar exemplo, pô. Gastar menos", acrescentou.
No sábado (9), os presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Davi Alcolumbre, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, declararam luto de três dias em razão das 10 mil mortes.
Com a medida, ficaram proibidas celebrações, comemorações ou festividades durante esses dias nos poderes Legislativo e Judiciário federais.
'Gripezinha'
Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo coronavírus, isto é, reconheceu que o vírus se espalhou por vários continentes, Bolsonaro chamou a Covid-19, doença provocada pelo vírus, de "gripezinha" e "resfriadinho". Já afirmou também que há "histeria" sobre o tema.
O presidente também já afirmou que os meios de comunicação espalharam "pavor" sobre o coronavírus.