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Cuidados com o sexo e como manter o romance vivo durante o isolamento

Encontros virtuais são recomendados para quem está longe; juntos, é importante respeitar o espaço do outro
Cuidados durante a pandemia Foto: Editoria de Arte
Cuidados durante a pandemia Foto: Editoria de Arte

Ficou mais difícil, mas em tempos de isolamento social para os que podem ficar em casa, ainda dá para manter o romance, não só para quem mora junto, mas também para os casais que estão longe um do outro. Os solteiros também não devem deixar de conhecer outras pessoas ou marcar encontros — desde que virtuais — por causa da pandemia do novo coronavírus

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Para os especialistas, quem divide o mesmo teto deve ficar atento para que a relação não fique desgastada com a convivência intensa. Segundo a psicóloga Vanessa Benaderet, nesses casos, é fundamental que se respeite a privacidade de cada um, evitando conflitos desnecessários:

— Não é comum essa convivência o dia inteiro. Então, coisas que antes não causavam conflitos podem gerar brigas. O ideal é sempre tentar manter a rotina o mais próximo do que era antes. Se estão de home office, cada um deve respeitar o tempo de trabalho do outro. Evite temas eque já causavam brigas normalmente, para não desgastar ainda mais o dia a dia. Não dá para sair e espairecer, por exemplo. E focar naquilo que o casal já faz junto de forma prazerosa, seja assistir um filme ou cozinhar juntos.

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Para quem mora separado e para os solteiros, o encontro têm que ser virtual. Uma sugestão é marcar, por exemplo, um horário para jantarem juntos, mesmo que através do celular.

Já as relações sexuais devem ficar limitadas para quem mora junto, diz o infectologista Marcos Lago.

— A Covid-19 não é uma doença sexualmente transmissível, mas o contato durante a relação é muito próximo, o que leva ao contágio. Vale lembrar que é preciso respeitar a distância de 2 metros entre as pessoas, o que é impossível no sexo.

Relações amorosas durante o isolamento

Quem mora junto . Casais que moram juntos têm sofrido alterações na rotina. Afinal, são poucas as pessoas que, dividindo o mesmo teto, passam 24h por dia juntas. A convivência pode ficar estressante. Especialistas dizem que o ideal é que, se possível, cada um busque um espaço só seu na residência, seja para trabalhar ou mesmo para ficar sozinho. Se não for possível, os dois precisam ter consciência e respeitar a privacidade do parceiro.

Quem mora separado. Os casais que moram separados devem evitar contato durante a quarentena e reforçar os laços através da tecnologia. Há diversos aplicativos que promovem chamada em vídeo. Com alguns, dá para compartilhar o conteúdo de serviços de streaming, por exemplo, para que os dois possam ver a mesma programação de filmes e séries.

Solteiros. Não é possível marcar encontros físicos, nem conhecer alguém na balada, durante o isolamento social, quando todos, que podem, devem permanecer em casa. Porém, a tecnologia que já permitia que muitos se conhecessem online deve ser ainda mais usada. Dá para marcar encontros virtuais, como jantares, e até assistir uma série juntos, através de aplicativos.

Como fica o sexo. Segundo os especialistas, a relação sexual é uma das formas em que se pode pegar a Covid-19. Para casais que moram juntos, não há problema, desde que nenhum deles apresente sintomas e que façam a higienização das mãos (e brinquedos sexuais) antes e depois das relações. Para os solteiros e os casais que moram separados, o ideal é evitar sexo até o fim da quarentena. Especialistas afirmam que o sexo virtual e a masturbação são as práticas mais indicadas nesse período.

Diálogo. O diálogo e os acordos entre os dois precisam ser ainda mais claros neste momento. Combine de maneira prática as horas do dia em que pretende fazer atividades individuais, e respeite o cronograma do outro. É importante controlar a ansiedade para não invadir a privacidade.  Vale reservar um momento do dia para conversar e ficar juntos, como no jantar.

Saídas e sintomas. O ideal é que apenas um dos dois seja eleito para as saídas essenciais, como ir ao mercado ou à farmácia. Não esquecer a higienização das mãos, ao sair e ao chegar, o uso das máscaras e álcool em gel. Se alguém apresentar sintomas da Covid-19, deve ficar isolado em um cômodo por, pelo menos, 14 dias.

Evitar discussões. Assuntos que os dois já sabem que causam atritos. Discussões devem ser evitadas. Com o isolamento, dizem os especialistas, tudo ganha maior proporção e não dá para dar aquela volta para “respirar” e “esfriar a cabeça”. O calor do momento pode levar a outras discussões, desgastando a relação.

Interesses em comum. Uma boa forma de passar um tempo prazeroso a dois é buscar hobbies e novos interesses em comum. Há diversos cursos on-line, como de culinária, idiomas, instrumentos musicais e atividades físicas, que podem ser feitos a dois. Ainda dá para levar a nova habilidade para depois da pandemia.

Atividades prazerosas. As atividades prazerosas que o casal já fazia antes da pandemia devem ser reforçadas. Seja ver filmes, séries, se exercitar (dentro de casa) ou cozinhar juntos.

Tarefas domésticas . É importante que o casal divida as tarefas domésticas igualmente, não só para evitar conflitos, mas para que nenhum se sinta sobrecarregado. O hábito, dizem especialistas, deve ser levado para o dia a dia após a pandemia e tende a melhorar a rotina de muitos relacionamentos.

Clima de romance. Dá para manter o romance, por exemplo, jantando a dois, cada um na sua casa e com a chamada de vídeo ligada. Uma das dicas é que os dois peçam (ou cozinhem) a mesma comida para que a presença online fique ainda mais próxima. Enviar cestas de café da manhã ou presentes pelo delivery também são boas formas de demonstrar carinho. Só lembre de higienizar tudo ao recebê-los.

Solidão. Com o avanço da quarentena, quem mora sozinho tem sentido cada vez mais momentos de ansiedade, frustração e solidão. Especialistas afirmam que é natural que os pensamentos e sentimentos ocorram. Busque ajuda profissional, com sessões de terapia on-line, e a companhia dos amigos de forma virtual. E tenha sempre em mente que o isolamento vai passar.