Novo diretor-geral da PF troca chefe da corporação no Rio

Carlos Henrique Oliveira deixa o posto

Convidado para direção executiva

2º cargo na hierarquia da corporação

Carlos Henrique Oliveira de Souza. Delegado deve ser o número 2 da PF
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O recém-empossado diretor-geral da PF (Polícia Federal), Rolando Alexandre de Souza, determinou nesta 2ª feira (4.mai.2020) a troca no comando da corporação no Rio de Janeiro. O superintendente Carlos Henrique Oliveira deixará o posto e deve ser alçado a diretor-executivo da PF, o 2º cargo mais importante na hierarquia do órgão. O novo chefe da polícia judiciária no Estado do Sudeste, entretanto, ainda não é conhecido.

A mudança no comando da PF fluminense é 1 desejo antigo do presidente Jair Bolsonaro. Conforme apurou o jornal O Estado de S. Paulo, a promoção foi avaliada por delegados como uma maneira estratégica de fazer mudanças no comando da polícia judiciária fluminense. Carlos Henrique tornou-se superintendente do Rio por decisão de Maurício Valeixo, ex-diretor-geral, demitido em 24 de abril.

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Em agosto de 2019, o presidente anunciou a troca de comando estadual antes da confirmação da própria PF. Bolsonaro rejeitou o nome escolhido, o de Carlos Henrique Oliveira, que era superintendente de Pernambuco. Na ocasião, segundo o presidente, estava pré-conversada a indicação de Alexandre Saraiva, que atualmente é superintendente no Amazonas. O presidente, no entanto, acabou cedendo.

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro disse, quando de sua demissão, que o presidente Jair Bolsonaro queria trocar o diretor-geral para obter informações sigilosas de investigações da corporação. O ex-juiz afirmou ainda que o presidente queria mudanças no Rio e em Pernambuco. Moro foi ouvido por 8 horas no sábado (2.mai) em depoimento prestado em Curitiba.

Conforme informou o Estadão, Carlos Henrique Oliveira deve ser ouvido pela PF no inquérito que analisa desvio de finalidade e suposta interferência política na Polícia Federal. Além dele, o ex-diretor-geral Maurício Valeixo e o superintendente no Amazonas, Alexandre Saraiva, também devem ser escutados. Aras deseja que os delegados falem se houve alguma eventual tentativa de ingerência na corporação.

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