Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel

'Namoro' com Maia, pressão sobre Teich e atropelo em Guedes mostram desnorteio do governo Bolsonaro

Crítico dos desvios públicos na pandemia, presidente também editou MP para dar 'salvo-conduto' a agentes públicos nesta quinta (14)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Dupla identidade Esta quinta (14) foi considerada por políticos o exemplo perfeito do desnorteio do governo. Jair Bolsonaro acenou a governadores para, depois, atacá-los. Falou mal de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, em seguida, disse que voltou a namorá-lo. Teve tempo de encolher ainda mais seu ministro da Saúde e dizer que vai, de novo, atropelar seu Posto Ipiranga. Por fim, veio à tona parte do que afirmou na reunião de 22 de abril. Proteção à família e a amigos. Vou interferir. Ponto final.

Enigma Outro sinal de descoordenação nesta quinta (14) foi a edição da medida provisória 966. Para opositores, foi uma demonstração de que a preocupação do presidente é com questões pessoais. Enquanto vem cobrando da PF medidas contra desvios durante a pandemia, edita MP que, na prática, dá "salvo-conduto" a agentes públicos.

Try again Na reunião com a Fiesp, Bolsonaro só acertou na terceira tentativa o termo "lockdown" para criticar o governador João Doria (PSDB-SP). Na primeira, saiu um "locaute", na segunda, um "blecaute".

Será? Governadores continuam sem fé em qualquer tipo de sinal de Bolsonaro sobre aproximação. "Seria muito bom que o governo federal chamasse para uma conversa sincera, mas acho que, se ele chamar, será para fazer um novo enfrentamento", diz Renato Casagrande (PSB-ES).

Qual deles "Enquanto o presidente não mudar a postura de desorganização, não dá. Ele precisa deixar de ter duas caras. Uma cara fala em diálogo, e a outra fala em jogar pesado contra governadores", afirma Flávio Dino (PC do B-MA).

Tamo junto Um dos motores para Rodrigo Maia (DEM-RJ) ter aceitado o convite para visitar Jair Bolsonaro é a pressão que ele encontra dentro da própria Câmara, de deputados desejosos em aderir às fileiras do governo e receber, em troca, cargos e emendas. Segundo líderes do centrão, membros do PSDB, MDB e do Podemos entraram nas negociações com o Planalto.


TIROTEIO

Gritar para simpatizantes é fácil, mas trabalhar de verdade requer muito mais esforço
De Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional do governo João Doria (PSDB-SP), sobre as ações de Jair Bolsonaro na pandemia


Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

LINK PRESENTE: Gostou desta coluna? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.