Por G1 — Brasília


Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fazem ato com tochas e máscaras em frente ao STF

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fazem ato com tochas e máscaras em frente ao STF

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fizeram um ato na noite deste sábado (30) com tochas e máscaras brancas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

As palavras de ordem dos manifestantes foram dirigidas contra o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que investiga ameaças e ofensas ao Supremo e a ministros. O ato contou com algumas dezenas de pessoas.

Manifestantes com máscaras e tochas fizeram ato contra o Supremo na noite de sábado (30), em Brasília — Foto: Reprodução

Também lembraram do uso de tochas em manifestações dos nazistas, na Alemanha da década de 1930.

Em redes sociais, internautas lembraram que tochas e máscaras são elementos marcantes em atos do grupo supremacista branco Ku Klux Klan, também conhecido como KKK, nos Estados Unidos.

Alemanha nazista

O uso de tochas em manifestações políticas de extrema-direita ganhou notoriedade em janeiro de 1933, logo após a posse de Adolf Hitler, na Alemanha. Nazistas marcharam com tochas pelo Portão de Brandemburgo, em Berlim, para saudar o então chanceler.

Marcha em Berlim com tochas em 30 de janeiro de 1933, dia da nomeação do ditador nazista Adolf Hitler como chanceler da Alemanha — Foto: Bundesarchiv, Bild 102-02985A / CC-BY-SA 3.0

Ku Klux Klan

Criado em 1866 no sul dos Estados Unidos, o grupo Ku Klux Klan defende ideais de extrema-direita como a supremacia branca, o nacionalismo branco e a anti-imigração. Os integrantes do grupo também usam máscaras brancas e tochas em manifestações.

Nos anos 1960, o grupo foi responsável pela perseguição, tortura e assassinato de negros e ativistas de direitos civis, além de ataques terroristas.

Saiba o que é a Ku Klux Klan

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Charlotesville

Manifestantes de grupos radicais de extrema-direita, racistas e neonazistas fizeram manifestações em agosto de 2017 em Charlotesville, nos Estados Unidos.

Eles protestaram contra a remoção de uma estátua do general Robert Lee, comandante dos exércitos confederados na guerra civil norte-americana.

Na chamada Guerra de Secessão (1861-1865), Lee liderou as tropas dos estados que queriam independência e resistiam ao fim da escravidão. Perdeu a guerra para as tropas do então presidente Abraham Lincoln e mais tarde virou um símbolo de grupos que defendem a supremacia branca.

Simpatizantes do grupo supremacista branco Ku Klux Klan (KKK) participaram das manifestações. Os integrantes das manifestações, a exemplo da manifestação deste sábado em Brasília, usavam tochas (imagens abaixo).

Supremacistas brancos carregam tochas na Universidade da Virgínia, em 2017 em Charlottesville, nos Estados Unidos — Foto: Alejandro Alvarez/News2Share via Reuters

Membros da Ku Klux Klan chegam para passeata em Charlottesville, Virginia (EUA), em julho de 2017 — Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP

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