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Educação

A cartada de Bolsonaro para a saída de Weintraub

Jorge William

participação de Abraham Weintraub em um protesto onde reiterou ofensas ao Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou, no Palácio do Planalto, a posição de que não dá para mantê-lo no governo. Mas a cartada para que ele saísse aconteceu na semana passada, com conhecimento e participação do próprio Bolsonaro.

O plano envolvia da Medida Provisória que dava a Weintraub o direito de escolher reitores de universidade federais durante a pandemia de Covid-19. O texto atendia ao anseio do ministro e do próprio Bolsonaro de ter o controle das instituições de ensino por meio dos reitores. Mas, segundo assessores do presidente, estava na conta a grande probabilidade de a medida ser mal recebida no Congresso, e isso teria outra utilidade: ser a carta de saída de Weintraub.

Na avaliação de Bolsonaro e de seu núcleo duro, o fato colocaria mais pressão sobre Weintraub e abriria caminho para o próprio pedir demissão.

A MP, como se esperava, foi rejeitada, mas o ministro não pediu demissão. Auxiliares do presidente avaliam que hoje ele atua sem subordinação a Bolsonaro e que, nos bastidores, trabalha para viabilizar um projeto político próprio.

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