Por Marcelo Gomes, GloboNews


Esposa de Fabrício Queiroz já é considerada foragida por investigadores

Esposa de Fabrício Queiroz já é considerada foragida por investigadores

A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a prisão de Márcia Oliveira de Aguiar, mulher de Fabrício Queiroz. Ambos foram assessores parlamentares de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Durante a manhã, agentes do MPRJ fizeram buscas em vários endereços, mas não localizaram Márcia em nenhum deles. Ela já é considerada foragida.

Fabrício foi preso no começo desta manhã em Atibaia, no interior de São Paulo. Até as 8h25, não havia informações se a prisão de Márcia também havia sido cumprida. O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

Márcia também trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj, assim como duas filhas de Fabrício, Nathalia Mello de Queiroz e Evelyn Mello de Queiroz.

Márcia aparece na folha de pagamento da Alerj de agosto de 2017 como consultora parlamentar e salário de R$ 9,2 mil. Evelyn foi nomeada em dezembro de 2016 como assessora parlamentar, na vaga da irmã Nathalia.

Márcia e Queiroz: os 2 tiveram a prisão decretada — Foto: Reprodução/GloboNews

Prisão de Queiroz

Fabrício Queiroz foi preso no começo da manhã desta quinta-feira em uma casa de Atibaia (SP), no interior de São Paulo. O imóvel pertence a Frederick Wasseff, advogado do parlamentar.

Ele foi levado para unidade da Polícia Civil no Centro da capital paulista, onde deve passou por exame de corpo de delito. Em seguida, ele deverá ser levado para o Rio.

Fabrício Queiroz chega ao IML — Foto: TV Globo

Policial Militar aposentado, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada "atípica", segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). Ele trabalhou para o filho do presidente Jair Bolsonaro antes de Flávio tomar posse como senador, no período em que ele era deputado estadual no Rio.

Buscas em imóvel

Também na manhã desta quinta-feira, agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro cumpriram mandado de busca e apreensão em uma casa de Bento Ribeiro, Zona Norte do Rio, onde morava uma funcionária do gabinete de Flávio Bolsonaro.

O alvo do mandado foi Alessandra Esteves Marins. Ela faz parte da equipe de apoio no Rio a que o parlamentar tem direito. Vizinhos contaram que ela se mudou do imóvel há cerca de um mês.

Defesa de Queiroz

O advogado Paulo Emílio Catta Preta assumiu a defesa de Fabrício Queiroz e foi até a Cadeia Pública de Benfica, Zona Norte do Rio, no início da tarde desta quinta.

Em entrevista, o advogado disse que está preocupado com o estado de saúde do seu cliente e, por isso, vai entrar com um pedido de habeas corpus.

O advogado disse ainda que Queiroz recebeu ameaças de morte e teme pela própria vida.

Catta Preta foi advogado do ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega, morto na Bahia em fevereiro deste ano. Nóbrega era acusado de ser o líder do grupo miliciano Escritório do Crime.

(CORREÇÃO: O G1 errou ao informar na publicação desta reportagem que a casa constava em declaração de bens que Jair Bolsonaro informou ao TSE nas eleições de 2018. O alvo do mandado foi na casa em frente. A informação foi corrigida às 9h40.)

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