A prisão de Fabrício Queiroz fez mudar de rumo o clima do julgamento sobre a anulação do caso de Flávio Bolsonaro. O processo corre no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
A coluna apurou que, até a semana passada, o clima era favorável ao senador. Entre os indicativos para isso estava o parecer favorável da procuradora Soraya Gaya à tese da defesa de Flávio.
Os advogados do parlamentar alegam que, como ele era deputado estadual no período dos fatos investigados sobre o esquema de “rachadinha”, entre 2007 e 2018, o juízo competente seria o Órgão Especial do TJ do Rio. Com isso, as decisões do juiz da primeira instância, Flávio Itabaiana, que determinou a prisão de Queiroz entre outras medidas, seriam anuladas.
Além do parecer de Soraya Gaya, um desembargador da 3ª Câmara Criminal do TJ do Rio chegou a falar, durante um dos julgamentos, que o caso seria do órgão especial.
Agora, com a operação de quinta-feira passada, que mostrou Queiroz escondido na casa de Frederick Wassef em Atibaia (SP), que é um dos advogados de Flávio Bolsonaro e que criticava constantemente o tribunal, a sensação nos bastidores é de que os desembargadores da corte tendem a manter a investigação na primeira instância.