Por G1


Fogos são vistos por trás da Torre Eiffel, no encerramento da comemoração do Dia da Bastilha, em Paris, na França, em 14 de julho — Foto: Reuters/Charles Platiau

A França comemorou em formato reduzido o 14 de julho, data que marca a tradicional festa da Queda da Bastilha, por causa da pandemia de Covid-19.

Neste ano, foram homenageados os profissionais de saúde que atuaram na linha de frente do combate ao coronavírus.

Fogos são vistos por trás da Torre Eiffel, no encerramento da comemoração do Dia da Bastilha, em Paris, na França, em 14 de julho — Foto: Reuters/Charles Platiau

Pela primeira vez desde 1980 o desfile militar não foi realizado na avenida Champs Élysées, em Paris.

A pequena exibição militar aconteceu na Place de la Concorde. O presidente Emmanuel Macron passou de jipe para revista às tropas. Os militares mantiveram distância e utilizaram máscaras.

No final do dia, uma grande queima de fogos encerrou as comemorações perto da Torre Eiffel.

Caças pintaram o céu com fumaça azul, branca e vermelha, as cores da bandeira francesa, e estiveram acompanhados de helicópteros que foram utilizados para transportar pacientes com Covid-19.

Força Aérea francesa sobrevoa Arco do Triunfo em comemoração ao Dia da Bastilha — Foto: Christian Hartmann

A presença do público não foi permitida, mas equipes médicas e familiares de profissionais de saúde que morreram por Covid-19 foram convidados a participar do ato, assim como caixas de supermercado, funcionários dos correios, fabricantes de máscaras, trabalhadores de casas de repouso, técnicos de laboratório, entre outros servidores.

Os ministros da Saúde de Alemanha, Áustria, Luxemburgo e Suíça foram convidados de honra, como um sinal de agradecimento à ajuda desses países durante a pandemia, que receberam pacientes infectados quando os hospitais franceses estavam lotados.

Avenida Champs Élysées, em Paris, ficou vazia pela 1ª vez desde pela 1ª vez desde 1980 durante um dia da festa que marca a Queda da Bastilha — Foto: Christophe Ena / Reuters

Em discurso durante a cerimônia, Macron destacou os sucessos do país no combate à sua "pior crise desde a Segunda Guerra Mundial" e chamou a celebração de "símbolo do compromisso de uma nação inteira'' e "da nossa resiliência''.

Grupos argumentam que a homenagem nacional não é suficiente para compensar a escassez de equipamentos e funcionários que assolaram os hospitais públicos, segundo a agência de notícias Deutsche Welle.

Trabalhadores da saúde são homenageados em cerimônia pela Queda da Bastilha, em Paris

Trabalhadores da saúde são homenageados em cerimônia pela Queda da Bastilha, em Paris

Houve protestos próximo à cerimônia nesta terça-feira, onde ativistas estenderam uma faixa com os dizeres: "Por trás dos tributos, Macron está sufocando hospitais."

Na segunda-feira, o governo assinou um acordo com sindicatos no valor de 7,6 bilhões de euros para aumentar em ao menos 183 euros os salários de funcionários de hospitais.

O Dia da Bastilha é feriado nacional na França e relembra um episódio central da Revolução Francesa, conhecido como Queda da Bastilha. Em 14 de julho de 1789, o símbolo do regime absolutista, a prisão política da Bastilha, foi tomado pela população, que exigia reformas no sistema político do país.

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