Deputados da base bolsonarista no Congresso Nacional comemoraram, neste fim de semana, a decisão do presidente Jair Bolsonaro de ingressar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a derrubada de contas de apoiadores do governo no Twitter e no Facebook.
O questionamento, assinado por Bolsonaro e pela Advocacia-Geral da União (AGU), ocorreu um dia depois de investigados no inquérito das fake news e ataques ao Supremo terem seus perfis suspensos por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Foram suspensas, no total, 16 contas no Twitter e 12 no Facebook sob a acusação de uma "atuação interligada" para disseminação de notícias falsas. Nenhum parlamentar com mandato foi alvo deste bloqueio, tampouco integrantes do governo.
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Em seu recurso ao STF, Bolsonaro citou uma "desproporcionalidade das medidas de bloqueio das contas em redes sociais" e afirmou que a medida "nos dias atuais, na prática, é como privar o cidadão de falar".
"A todos que argumentam que o Presidente Bolsonaro tem deixado de lado seus apoiadores diante dos desmandos de alguns ministros do STF, está aí a resposta. O Presidente é um democrata e age com a lei", escreveu o deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) neste domingo. "Estamos usando todos os meios possíveis para dar um basta nesses abusos", concluiu o parlamentar.
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Entre os parlamentares que comemoraram a ação de Bolsonaro e da AGU estão Bia Kicis (PSL-DF), Filipe Barros (PSL-PR) e Daniel Silveira (PSL-RJ). Embora não tenham sofrido bloqueios, os três foram citados na decisão do ministro Alexandre de Moraes em um pedido para que Twitter e Facebook guardem conteúdos de todas as suas postagens, a fim de garantir a continuidade das investigações sobre as informações compartilhadas por eles.
O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), denunciado pela Procuradoria-Geral da República por ataques ao ministro Alexandre de Moraes através de suas redes sociais, também parabenizou o recurso de Bolsonaro e da AGU em relação aos bloqueios de contas de apoiadores: "Jair Bolsonaro nos dá sinais claros que não se tornará refém ou ficará apático diante da escalada de autoritarismo judicial. Parabéns, presidente!", escreveu Otoni neste domingo.