Brasil e Política

Por G1, Valor e Agência Brasil

Gráfico de coronavírus Getty Images

O Brasil registrou 685 novas mortes nas últimas 24 horas, totalizando 87.679 mortes por coronavírus até as 20h desta segunda-feira (27), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Desde o balanço das 20h de domingo (26), 6 estados e o DF atualizaram seus dados: CE, GO, MG, MS, RN e RR. Veja os números:

  • 87.679 mortes confirmadas
  • 2.443.480 casos confirmados

No domingo (26), às 20h, o balanço indicou: 87.052 mortes confirmadas, 556 em 24 horas. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.074 óbitos, uma variação de 2% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Sobre os infectados, eram 2.419.901 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 23.467 desses confirmados nas últimas 24 horas. A média móvel de casos foi de 45.715 por dia, uma variação de 22% em relação aos casos registrados em 14 dias.

No total, 11 estados apresentaram alta de mortes: PR, RS, SC, MG, GO, MS, MT, AP, RO, RR, TO.

Em relação a sábado (25), RJ deixou a lista dos estados que estão subindo e MT saiu da lista dos estados em estabilidade.

Veja como o número de novas mortes tem variado nas últimas duas semanas:

  • Subindo: PR, RS, SC, MG, GO, MS, MT, AP, RO, RR, TO
  • Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: ES, RJ, SP, DF, PA, BA, MA, PB, PI, SE
  • Em queda: AC, AM, AL, CE, PE, RN

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).

Ministério contabiliza 87.618 mortes

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 614 mortes por covid-19, segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde. Com isso, o total de óbitos provocados pelo novo coronavírus atinge 87.618.

Os casos confirmados somam 2.442.375, sendo 23.284 diagnósticos contabilizados nas últimas 24 horas, de acordo com o balanço fechado às 18h.

Segundo o órgão, são 1.667.667 pacientes recuperados da doença e 687.090 sob acompanhamento. Também há 3.833 ocorrências sob investigação.

São Paulo é o Estado com mais mortes (21.676) e casos confirmados (487.654) de covid-19. O Ceará é o segundo Estado com mais casos (162.429) e o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos (12.876).

SP: vacinação pode começar em janeiro, diz Doria

O governador João Doria (PSDB) afirmou hoje que espera que a vacina contra o coronavírus seja produzida em São Paulo a partir de dezembro, e que a população possa ser vacinada em janeiro. Segundo ele, esse cronograma depende e não acontecerem imprevistos na nova fase das pesquisas da vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac.

O governador anunciou ainda uma mudança nas regras do Plano SP que facilita a retomada. Com as novas regras, para passar à fase verde, menos restrita, será preciso ter até 75% dos leitos ocupados, e não mais 60%, como era antes e motivo de queixas de prefeitos (que reclamavam que isso obrigava as cidades a manterem unidades ociosas).

Para chegar à fase verde, ainda é preciso ter até 40 internações por 100 mil habitantes e 5 mortes a cada 10 mil habitantes.

Rio de Janeiro: Fiocruz estima vacinação em fevereiro

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro registra, até esta segunda-feira, 157.834 casos confirmados e 12.876 mortes por covid-19 no Estado. Há ainda 1.158 óbitos em investigação e 320 foram descartados. Entre os casos confirmados, 135.552 pacientes se recuperaram da doença.

Mais cedo, pesquisadores da Fiocruz divulgaram que apostam em vacinação inicial contra a covid-19 em fevereiro de 2021 para um público específico. A partir daí, a produção nacional das doses poderá garantir imunização à população em geral, afirma a vice-diretora de Qualidade da Bio-Manguinhos (Fiocruz), Rosane Cuber Guimarães.

Os recentes resultados de pesquisas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, sobre a segurança da vacina contra a covid-19 elevaram o nível de otimismo em todo o mundo que, desde dezembro do ano passado, observa o alastramento do novo coronavírus, causador da doença, em todas as regiões.

As pesquisas das fases 1 e 2, exigidas pelo procedimento científico, descartaram efeitos adversos graves provocados pela vacina. Foram registrados relatos de pequenos sintomas, como dores locais ou irritabilidade, aceitos em vacinas contra outras doenças.

O Brasil foi um dos países escolhidos para participar da fase 3 dos estudos, que testa a eficácia da vacina. Os testes, que estão a cargo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e outras instituições parceiras, envolvem 5 mil voluntários de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.

A expectativa é detectar a capacidade de imunização das doses e, a partir daí, a Fiocruz – parceira brasileira nas pesquisas de Oxford – receberá autorização para importar o princípio ativo concentrado, que será convertido inicialmente em 30 milhões de doses a serem aplicadas em parcela da população brasileira.

Alemanha vai testar viajantes

A Alemanha confirmou nesta segunda-feira que viajantes que retornem ao país vindos de áreas consideradas de risco serão obrigados a passar por testes para a covid-19. Todos os exames serão gratuitos.

“Temos que impedir que aqueles que retorne ao país infectem inconscientemente outras pessoas e desencadeiem novas ondas de infecção”, escreveu o ministro da Saúde, Jens Spahn, no Twitter.

Mais de 130 países são considerados de alto risco pela Alemanha. As poucas exceções são os vizinhos da União Europeia (UE) e demais integrantes da Zona Schengen, de livre circulação dentro do bloco.

A lista será reavaliada diariamente, a partir de dados epidemiológicos, para incluir áreas com novos surtos. Um dos critérios avaliados será se o país em questão registrou mais de 50 novas infecções para cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias.

A medida tem como base a Lei de Proteção contra Infecções, que permite que o governo alemão obrigue os cidadãos a se submeterem a exames médicos em caso de uma epidemia de dimensão nacional, caso da covid-19.

Espanha: mais de 6 mil casos desde sexta

O Ministério da Saúde da Espanha informou nesta segunda-feira que 6.361 novos casos de covid-19 foram confirmados no país desde a sexta-feira, sendo 855 deles nas últimas 24 horas. Cerca de 60% dos diagnósticos foram de pessoas que não apresentaram sintomas da doença. Seis pessoas morreram após contrair o vírus na semana passada.

Os números foram divulgados enquanto a Espanha provar ser um destino seguro para cidadãos de outros países da região em meio ao verão europeu. Os hotéis espanhóis, por exemplo, ofereceram hoje pagar por testes de turistas estrangeiros após o Reino Unido ter determinado que viajantes que retornem da Espanha cumpram uma quarentena de duas semanas.

“Há surtos em todas as comunidades autônomas. Detectamos mais e, graças a isso, sabemos que o vírus segue circulando. É difícil comparar e avaliar se estamos em uma segunda onda”, afirmou em entrevista coletiva o diretor do Centro de Coordenação de Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde, Fernando Simón.

“Não teremos na Espanha uma transmissão descontrolada do vírus”, garantiu ele. “Há zonas na Espanha onde o vírus circula muito pouco. O país não é homogêneo. A distribuição dos casos é muito desigual e começou com atividades relacionadas ao lazer noturno”, explicou Simón.

Além do Reino Unido, a França emitiu um alerta orientando que seus cidadãos não viajem para a Catalunha, um dos principais destinos turísticos europeus. A Noruega também decidiu colocar viajantes vindos da Espanha em quarentena.

EUA: Flórida tem nova alta nos casos

A Flórida registrou nas últimas 24 horas menos de 9 mil novos casos de covid-19, algo que não ocorria há quase três semanas. O número de mortes também caiu a níveis não vistos desde o início de julho, quando o Estado já enfrentava um segundo surto de infeccções.

Segundo dados do governo local, 8.892 pessoas testaram positivo entre ontem e hoje, uma queda em relação aos 9.344 casos confirmados no domingo. É a primeira vez desde 9 de julho que a Flórida registra menos de 9 mil casos.

Mais 77 pessoas morreram no Estado nas últimas 24 horas, uma a menos que os dados divulgados no domingo. No entanto, a cifra é a menor registrada pela Flórida desde 13 de julho

Assim como o observado em outros países e regiões, os balanços divulgados na segunda-feira tendem a mostrar cifras menores que os demais dias por causa de atrasos na contagem ao longo do fim de semana.

No sábado, a Flórida superou Nova York, primeiro epicentro da pandemia nos EUA, em casos confirmados da covid-19, ficando atrás apenas da Califórnia, que assumiu a dianteira com os novos surtos da doença no sul e oeste do país.

Em outro sinal encorajador, o percentual de testes positivos ficou abaixo de 12% nos últimos três dias. Ontem, o índice foi de 11,4%, mesmo com um menor número de exames. Há duas semanas, 15,1% dos resultados mostravam que os diagnosticados estavam com a covid-19.

Reino Unido prevê segunda onda

Empresas do Reino Unido foram alertadas pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, de que o país pode ser atingido por uma segunda onda de infecções por covid-19 no outono (entre setembro e dezembro deste ano), segundo reportagem publicada pelo jornal britânico “Financial Times”.

O alerta foi feito em uma videoconferência entre executivos e Johnson nesta segunda-feira. Segundo o premiê, a epidemia de covid-19 deve piorar no país após o verão europeu, apesar de o governo não prever um cenário tão ruim como o do primeiro surto da doença.

Johnson também destacou que o governo britânico trabalhará para evitar um segundo confinamento nacional, segundo fontes que participaram da reunião ouvidas pelo “FT”. “Ele foi claro em dizer que mais está por vir ainda neste ano”, afirmou um dos participantes.

As declarações de Johnson parecem contradizer um discurso mais otimista feito por ele próprio em público. Há uma semana, quando anunciou que o governo deixaria de recomendar o trabalho remoto a partir de 1º de agosto, o premiê afirmou que a vida voltaria ao normal no Reino Unido perto do Natal.

Austrália, Japão e Hong Kong

A Austrália registrou apenas alguns novos casos de covid-19 no início de junho, enquanto Hong Kong passou três semanas sem detectar uma única transmissão local do vírus naquele mês.

O Japão já havia suspendido o estado de emergência em maio, após a cifra de novos diagnosticados ter caído para apenas algumas dúzias nacionalmente.

Na última semana, porém, os três registraram novos picos nos números diários, mostrando o quão difícil é controlar a doença, mesmo em locais que agiram com rapidez e decisão contra a pandemia.

Um passo em falso pode rapidamente reverter semanas de confinamento. Especialistas em saúde pública dizem que alguma complacência após um longo período sob medidas de distanciamento social é inevitável.

Na Austrália, o Estado de Victoria registrou 484 novos casos há cinco dias, quebrando o recorde nacional, que havia sido estabelecido em março. Hoje, o número diário de infecções subiu para 532, com grande concentração em Melbourne, a capital regional.

Melbourne, a segunda cidade mais populosa da Austrália, está há três semanas em um novo confinamento. Usar máscaras ou proteções faciais em áreas públicas é obrigatório. Ainda assim, o número de infecções está na casa das centenas e continua crescendo.

O Japão viu um ressurgimento similar. A média de casos nos últimos sete dias quadruplicou neste mês em Tóquio, chegando a 258 no domingo. Em todo o país, 981 casos foram registrados na última quinta-feira. Mais uma vez, o governo está recorrendo à rede hoteleira para colocar os infectados em quarentena, após liberar a maior parte dos quartos que havia sido requisitada durante o primeiro surto.

As autoridades dizem que muitos dos novos casos foram diagnosticados em jovens que frequentaram distritos conhecidos pelo movimento noturno em bares e boates. Mais festas e aglomerações contribuíram para a disseminação.

Desde então, Hong Kong acumulou mais 1.300 casos, 87% deles transmitidos localmente. Poucos dias depois após a entrega do dinheiro aos residentes, as autoridades reintroduziram as restrições em academias, bares e restaurantes.

Especialistas dizem que erros cometidos pelo governo, como a permissão para que alguns viajantes, como pilotos, tripulações de companhias aéreas e navios de carga, não cumprissem a quarentena obrigatória de duas semanas exigida dos que vinham do exterior pode ter contribuído para a nova onda.

Bélgica

A Bélgica anunciou nesta segunda-feira novas medidas para limitar os contatos sociais após registrar uma alta de casos de covid-19.

Após uma reunião do Conselho de Segurança Nacional, a premiê do país, Sophie Wilmès, informou que reuniões com mais de cinco pessoas não serão permitidas a partir de quarta-feira. Desde o fim de junho, a Bélgica permitia encontros de até 15 pessoas.

Na semana passada, a Bélgica registrou uma alta de 71% na média de novos casos de covid-19, que passou de 163 para 278. “Estamos preocupados com a situação”, disse Wilmès hoje.

Mais do Valor Investe

O 'airdrops' é um modelo que premia os primeiros usuários dessas comunidades com “tokens” gratuitos

Criptomoedas: ‘airdrops’ crescem enquanto IPO de ‘tokens’ ficam mais raras

O Ibovespa futuro iniciou o pregão desta segunda-feira em leve queda de 0,03%, aos 129.130 pontos. O dia é marcado por um aumento das projeções para a inflação, Selic e dólar neste ano

Ibovespa futuro inicia sessão em leve queda com Focus mais pessimista

Dia é marcado por uma série de discursos de dirigentes do Federal Reserve, o banco central americano

Dólar comercial inicia sessão em leve alta

O relatório do Banco Central apresenta as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil

Boletim Focus: Após ata do Copom, projeções para inflação, Selic e dólar sobem e para PIB, caem

Em março, segundo o Tesouro, os não residentes aumentaram sua participação majoritariamente nos títulos com vencimentos entre um ano até três anos

Tem gringo no Tesouro! Estrangeiro volta a aumentar parcela na dívida pública

A geopolítica também influencia os preços das commodities após o acidente fatal de helicóptero do presidente iraniano, Ebrahim Raisi

Bolsas da Europa sobem com ganhos em ações ligadas a commodities

Justiça nega pedido de destituição de conselho da Petrobras

Petrobras (PETR4); Braskem (BRKM5); Light (LIGT3): veja os destaques das empresas

Na Índia, o índice Sensex não funcionou nesta segunda por conta de feriado nacional

Bolsas da Ásia fecham em alta após BC da China manter juros estáveis

Cesta básica: tudo que você precisa saber para começar o dia bem informado

Mercado repercute Boletim Focus enquanto aguarda ata do Fed

Datas de corte para acionistas que têm direito aos proventos são distintas para valores ordinários e extraordinários

Petrobras (PETR4) paga hoje primeira parcela de dividendos: quanto e quem recebe?