BRASÍLIA — A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a farmacêutica belga Janssen-Cilag, que integra o grupo Johnson & Johnson, a desenvolver estudos clínicos no país para o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus. O estudo será o 4º do tipo conduzido no Brasil. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira.
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A previsão é de que os testes da fase 3, que avaliam a eficácia e a segurança da vacina em humanos, devem começar no Brasil em setembro. Cerca de sete mil voluntários maiores de 18 anos devem ser recrutados em sete estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e Paraná. Em todo o mundo, o estudo vai envolver quase 60 mil pessoas.
A farmacêutica ainda não apresentou os resultados das fases 1 e 2, que foram realizadas nos Estados Unidos e na Bélgica. A técnica aplicada pela Janssen-Cilag consiste em utilizar um vírus vetor (adenovírus) para codificar a proteína S do Sars-CoV-2.
A Anvisa informou que a autorização foi embasada em outros estudos que utilizaram a mesma técnica para produção da vacina. O órgão ainda informou que os testes ocorrerão em etapas, que só vão prosseguir se os resultados forem "satisfatórios".
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Os testes da Janssen-Cilag se somam aos de outras três iniciativas, também já em última fase, autorizadas pelo governo federal para aplicação no Brasil: há a desenvolvida pela Universidade de Oxford, em conjunto com a farmacêutica AstraZeneca; a da Sinovac, que é testada em parceria com o Instituto Butantan; e há também a vacina desenvolvida pela Pzifer junto com a BioNTech. Mais de 160 vacinas estão sendo investigadas por cientistas ao redor do mundo para combater a Covid-19.