Política
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Por Luísa Martins e Isadora Peron, Valor — Brasília


O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que afastou do cargo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), na última sexta-feira, enviou seu voto aos demais colegas da Corte Especial. O colegiado irá se reunir na quarta-feira para decidir se referenda ou não a liminar, proferida monocraticamente.

O ato do ministro, que não permitiu que o governador pudesse se manifestar previamente, foi alvo de muitas críticas. Apesar disso, outros magistrados do STJ afirmaram ao Valor que Benedito, por ser juiz de carreira com experiência prévia como delegado da Polícia Federal (PF), não tomaria tal atitude se os indícios de autoria e materialidade de crimes supostamente cometidos por Witzel não fossem claros.

Prédio do STJ, em Brasília — Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
Prédio do STJ, em Brasília — Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Segundo esses ministros, o material, por ser vasto e delicado, tem exigido atenção redobrada para leitura e formação de convicções até a sessão de quarta-feira. Neste meio tempo, é possível também que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, analise um recurso do governador contra o seu afastamento.

Witzel é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Procuradoria-Geral da União (PGU) de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por desvios na Secretaria Estadual de Saúde durante a pandemia de covid-19. As autoridades chegaram a pedir a sua prisão, mas Benedito afirmou que o afastamento já seria suficiente para interromper a prática criminosa.

De acordo com a denúncia, o governador teria recebido R$ 554,2 mil em propina por meio do escritório de advocacia de sua esposa, Helena Witzel, nas tratativas para a instalação de hospitais de campanha e para a aquisição de respiradores e medicamentos para o tratamento da covid-19.

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