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Projeção para o PIB se mantém mesmo com alta modesta da atividade em agosto

O índice de atividade do BC abaixo do esperado em agosto não altera a expectativa para o PIB do ano. O IBC-Br cresceu 1,06% na comparação com julho, a estimativa era de avanço de 1,7%. Em relação a agosto de 2019, o indicador perdeu 3,92%. O IBC-Br tem um cálculo mais simples que o PIB, divulgado a cada três meses pelo IBGE. Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, o resultado do IBC-Br de agosto não altera sua projeção para o PIB do ano, de -4,8%.

- A dado não desanima. O cenário se consolidou, o PIB deve encolher entre 4% e 5% este ano. É bem melhor do que se imaginava em abril. A preocupação agora é com o ano que vem. O país tem um grande ‘elefante na sala’ que é a questão fiscal. Teremos dois anos de dificuldades pela frente, em 2021 e 2022 – conta Vale.

Vale diz que, além da melhora na cotação das commodities e das falhas no distanciamento social, é o auxílio emergencial que explica a queda menor no PIB. A questão agora é a repercussão para 2021. Pode haver um efeito negativo no varejo, após o impacto que o benefício provocou na demanda este ano. O país precisa de um ajuste nas contas públicas. O risco de inflação também existe e pode levar ao aumento de juros.

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