22 Out 2020 bienal na web Exposição coletiva
Still do filme <i>An Opera of the World</i>. Direção de Manthia Diawara. Cortesia do artista
Still do filme An Opera of the World. Direção de Manthia Diawara. Cortesia do artista

Nos encontros organizados na série As vozes dos artistas, a curadoria da 34ª Bienal de São Paulo conversa com artistas convidados, brasileiros e estrangeiros, sobre os enunciados da mostra – objetos com histórias marcantes e em torno dos quais as obras serão distribuídas na exposição, sugerindo leituras poéticas multifacetadas. Inscreva-se aqui!

O primeiro encontro será dedicado ao título da exposição, Faz escuro mas eu canto, verso do poeta amazonense Thiago de Mello (Barreirinha, 1926) publicado em livro homônimo do autor em 1965. Desde sua primeira redação, entre 1962 e 1963, o verso já ganhou diferentes interpretações: de conclusão esperançosa do poema Madrugada camponesa ("faz escuro mas eu canto / porque a manhã vai chegar"), quando a promessa da reforma agrária e outros projetos progressistas parecia prestes a se tornar realidade, a sussurro de resistência nos piores anos da ditadura militar. 

Para entender que reverberações esse enunciado poético pode ter em nosso contexto atual, Jacopo Crivelli Visconti, curador geral da 34ª Bienal, e Paulo Miyada, curador adjunto, conversam em uma live com o artista convidado da edição Manthia Diawara (1953, Bamako, Mali), escritor, pesquisador de estudos culturais, diretor de cinema e acadêmico. Diawara escreveu amplamente sobre filmes e obras literárias que abordam a Diáspora Negra. Além da participação ao vivo de Diawara, o encontro trará entrevistas gravadas com as artistas Carmela Gross (1946, São Paulo, SP), Edurne Rubio (1974, Burgos, Espanha) e Zina Saro-Wiwa (1976, Porto Harcourt, Nigéria). Ao final, serão respondidas as perguntas do público.


Veja o registro da live abaixo: 

  1. Caroline A. Jones, Eyesight Alone: Clement Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
  2. Greenberg’s Modernism and the Bureaucratization of the Senses (Chicago: University of Chicago Press, 2005).
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