RIO — Um estudo da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, descobriu que a Covid-19 aumenta no inverno e diminui no verão — caso não haja vacina, nem medidas como distanciamento social.
Covid-19:
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O trabalho, batizado de “Sazonalidade e incerteza nas taxas de crescimento globais do Covid-19” (tradução livre), é assinado pelo ecólogo Cory Merow e o biólogo Mark Urban.
“Prevemos que a Covid-19 oscilará entre os hemisférios Norte e Sul, com base principalmente na variação sazonal da radiação ultravioleta e da temperatura, sem intervenções contínuas como o distanciamento social”, afirma o texto.
O trabalho foi submetido em maio deste ano e publicado na última terça-feira pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).
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Um grafite representando o presidente Jair Bolsonaro e o novo coronavírus contra profissionais de saúde, em São Paulo Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
Coveiro com roupas de proteção no cemitério municipal Recanto da Paz, durante o enterro
de uma vítima da COVID-19, na cidade de Breves, a sudoeste da ilha do Marajó, no Pará Foto: TARSO SARRAF / AFP
Coveiros em trajes de proteção carregam o caixão de uma vítima do novo coronavírus no cemitério Recanto da Paz, no Pará Foto: TARSO SARRAF / AFP
Enterro, em 1º de junho, de Bruno Koki, fundador da ONG Eu Amo São Cristóvão, projeto social que entregou doações para pessoas vulneráveis durante a pandemia. Bruno morreu em decorrência da Covid-19 Foto: RICARDO MORAES / REUTERS
Artistas com balões vermelhos protestam em homenagem a pessoas que morreram pela COVID-19 no país, em Brasília Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
Profissional de saúde trabalha na enfermaria da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde são tratados pacientes infectados com o novo coronavírus, no hospital Santa Casa em Belo Horizonte, Minas Gerais Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
Suzana Lisboa abraça seu pai, Raul Lisboa, 89 anos, através de uma cortina de plástico instalada em abrigo para idosos em São Paulo Foto: RAHEL PATRASSO / REUTERS
Profissionais de saúde do governo viajam de barco para visitar uma comunidade ribeirinha de Santa Maria, a fim de testar os moradores como uma medida contra a pandemia de coronavírus no sudoeste da ilha de Marajó, no Pará Foto: TARSO SARRAF / AFP
Funcionário de limpeza desinfecta uma rua no sudoeste da ilha do Marajó, no Pará Foto: TARSO SARRAF / AFP
Pessoas se exercitam no primeiro dia de praias reabertas para esportes individuais, na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, Brasil Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS
Agentes de saúde testam uma moradora da comunidade ribeirinha de Roli Madeira, em no estado do Pará, Brasil Foto: TARSO SARRAF / AFP
Um agente de saúde mostra um teste Covid-19 na comunidade ribeirinha de Roli Madeira Foto: TARSO SARRAF / AFP
Imagem de coveiros enterrando uma pessoa no cemitério de Nossa Senhora Aparecida, no bairro de Tarumã, em Manaus, durante pandemia de coronavírus Foto: MICHAEL DANTAS / AFP
Manifestante contrário ao governo brasileiro segura um cartaz representando o caixão de uma vítima da Covid-19 com a mensagem "30.000 mortes, e daí?", durante um protesto chamado "Amazonas pela Democracia", em referência à fala do presidente Bolsonaro Foto: BRUNO KELLY / REUTERS
Pessoas são vistas através de uma câmera térmica usada para detectar altas temperaturas do corpo na rodoviária central e na estação central do metrô, em meio ao surto da doença por coronavírus (COVID-19) Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
Movimentação de passageiros na rodoviária central de Brasília, em meio ao surto de coronavírus Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
Membro do Médicos Sem Fronteiras olha para um garoto da tribo Warao, o segundo maior grupo indígena da Venezuela, que sofre de sintomas do novo coronavírus, em Manaus, no Amazonas Foto: MICHAEL DANTAS / AFP
Coveiros vestindo roupas de proteção enterram o caixão de uma vítima da COVID-19, no cemitério São Luiz, em São Paulo Foto: AMANDA PEROBELLI / Reuters
O presidente Jair Bolsonaro participa da inauguração, com um mês de atraso, de um hospital de campanha em Águas Lindas, no estado de Goiás Foto: SERGIO LIMA / AFP
Profissional de saúde cuida de um paciente na enfermaria da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde pacientes infectados com o novo coronavírus estão sendo tratados no Hospital Público Doutor Ernesto Che Guevara, na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro Foto: MAURO PIMENTEL / AFP
Pessoas desfrutam de tarde de sol na praia de Arpoador mesmo diante da proibição da permanência na areia das praias da cidade do Rio em meio ao surto de Covid-19 Foto: RICARDO MORAES / REUTERS
Uma mulher toca as estátuas dos escritores brasileiros Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade com máscaras, em Porto Alegre Foto: DIEGO VARA / REUTERS
Sepultadores carregam um caixão de vpitima da Covid-19 no cemitério municipal Recanto da Paz, em Breves, no Pará Foto: TARSO SARRAF / AFP
Funcionários limpam tinta vermelha derramada por um manifestante na rampa de acesso do Palácio do Planalto, em Brasília Foto: SERGIO LIMA / AFP
Um profissional de saúde da cidade de Melgaço chega a uma pequena comunidade ribeirinha no rio Quará, onde oito famílias vivem sem eletricidade, para prestar assistência médica a seus moradores em meio à disseminação do coronavírus, no sudoeste de Marajó Ilha, no Pará Foto: TARSO SARRAF / AFP
Ativistas da ONG Rio de Paz em trajes de proteção cavam sepulturas na praia de Copacabana para simbolizar os mortos pela COVID-19, durante uma manifestação no Rio de Janeiro Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS
Pessoas usam máscaras protetoras e esperam na fila para entrar no shopping Nova América quando shoppings reabrem em meio ao surto de coronavírus no Rio de Janeiro Foto: RICARDO MORAES / REUTERS
As pessoas caminham por uma rua comercial em São Paulo, enquanto a cidade relaxa as restrições e permite a abertura do comércio Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS
Funcionário do Ministério da Educação entrega kits de merenda escolar para locais carentes em Megalço, no Pará, Brasil Foto: TARSO SARRAF / AFP
Banhistas ignoram restrições de acesso às praias cariocas, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, em meio ao surto de coronavírus Foto: SERGIO MORAES / REUTERS
As pessoas assistem a um filme no cinema drive-in enquanto as salas de cinema permanecem fechadas, em São Paulo Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
Manifestantes participam de um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro, enquanto mantêm distância social em frente ao Congresso Nacional, em Brasília Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
Profissionais de saúde realizam testes para COVID-19 em taxistas no sistema drive-thru no Sambódromo do Rio de Janeiro Foto: RICARDO MORAES / REUTERS
Artista se apresenta com um balão vermelho em forma de coração durante um protesto em homenagem a pessoas que morreram pela Covid-19 no Brasil, em Brasília Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
Elisete Navarro Curci visita seu marido, Adhemar Curci, internado por causa da COVID-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Instituto Emilio Ribas, em São Paulo Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS
Clientes caminham pelos corredores do Mercadão de Madureira durante sua reabertura no Rio de Janeiro Foto: PILAR OLIVARES / REUTERS
Um funcionário mede a temperatura de um cliente na entrada de uma loja, em São Paulo Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS
Um coveiro descansa no cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, durante o surto de coronavírus Foto: IAN CHEIBUB / REUTERS
Segundo os pesquisadores, o clima explica 17% da variação nas taxas de crescimento da Covid-19. “Fatores não descritos no nível das unidades políticas foram tão importantes quanto o clima (19% de variação) e grande parte da variação (64%) permanece sem explicação”, diz o estudo.
Os pesquisadores indicam ainda que o período sem casos deve ser utilizado para a recuperação do sistema de saúde, desenvolvimento de medicamentos e vacinas e um retorno à atividade econômica.
Segundo o artigo, o modelo usado para análise demonstra que a taxa de crescimento de Covid-19 aumenta com redução da luz ultravioleta, altas temperaturas e menor umidade relativa.
OMS:
Imunidade de rebanho "é simplesmente antiética"
“A alta umidade também pode diminuir a sobrevivência viral, limitar a transmissão de partículas virais expelidas ou diminuir a resistência do hospedeiro. A luz ultravioleta mata efetivamente vírus como o Sars-CoV-1 (coronavírus que causa a Sars) e, portanto, os dias de sol podem diminuir ao ar livre transmissão ou promover resistência imunológica através da produção de vitamina D”, diz o texto.
Queda:
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Por isso, preveem os cientistas, em setembro aumenta constantemente os riscos de surtos de Covid-19 no hemisfério Norte até atingir um pico em dezembro-janeiro, enquanto os riscos diminuem no hemisfério Sul.
As previsões do trabalho se confirmaram ao longo de 2020. A Europa, que havia conseguido controlar o surto, tem visto um aumento de casos desde o mês passado, enquanto o Brasil vê o movimento inverso.