O presidente Jair Bolsonaro procurou atenuar a declaração desastrada que fez em relação ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, ao afirmar que, “quando acaba a saliva, tem que ter pólvora”. Hoje, a aliados, Bolsonaro tentou minimizar o estrago, com o remendo de que não teria citado o presidente eleito, nominalmente, apesar de sua menção ser clara e objetiva a Biden.
Em estresse declarado, porém, Bolsonaro afirmou a esses mesmos interlocutores que, em seu discurso disparatado, também disse “algumas verdades”.
Durante a campanha eleitoral nos EUA, Joe Biden disse que o Brasil poderia sofrer sanções comerciais devido às queimadas e ao desmatamento da Amazônia. Bolsonaro disse ontem, enquanto fazia um discurso no Palácio do Planalto, que teria de usar “pólvora”, em uma situação em que diplomacia não fosse mais suficiente.
Não foi só no discurso que Bolsonaro reclamou da vida que vem levando. Em reservado, o presidente repetiu a interlocutores a afirmação de que sua vida está uma “desgraça” e que não sente seu trabalho reconhecido. Publicamente, o presidente pregou que o Brasil tem “deixar de ser um país de maricas” e enfrentar a pandemia de “peito aberto”.