BRASÍLIA — Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reagiram à morte de João Alberto Silveira Freitas, o homem negro morto por seguranças em um supermercado da rede Carrefour em Porto Alegre. Gilmar Mendes disse que foi um assassinato bárbaro, que racismo é crime e que "vidas negras importam". Alexandre de Moraes pregou a necessidade de combater o racismo estrutural, "uma da piores chagas da sociedade", e também disse que foi um "bárbaro homicídio". Em discurso em evento do qual participava, o presidente da Corte, Luiz Fux, pediu um minuto de silêncio em homenagem a João Alberto, destacando que hoje é o dia da Consciência Negra.
"O Dia da Consciência Negra amanheceu com a escandalosa notícia do assassinato bárbaro de um homem negro espancado em um supermercado. O episódio só demonstra que a luta contra o racismo e contra a barbárie está longe de acabar. Racismo é crime! #VidasNegrasImportam", escreveu Gilmar em sua conta no Twitter.
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Na mesma rede social, Alexandre de Moraes afirmou: "Na véspera do Dia da Consciência Negra, marcado pelo preconceito racial, o bárbaro homicídio praticado no Carrefour escancara a obrigação de sermos implacáveis no combate ao racismo estrutural, uma das piores chagas da sociedade. Minha solidariedade à família de João Alberto."
Fux participou no começo da tarde, por videoconferência, do evento de assinatura do acordo de cooperação técnica entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Faculdade Zumbi dos Palmares (FAZP). Em seu discurso, ele citou a morte de João Alberto e pediu um minuto de silêncio.
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— Gostaria preliminarmente de, antes de iniciarmos, esse evento, pedir um minuto de silêncio em homenagem a João Alberto Silveira Freitas, negro, 40 anos, que foi morto na noite de ontem por seguranças de um supermercado em Porto Alegre. Independentemente de versões, o que deve nos preocupar é a violência desacerbada. Toda violência é desmedida e deve ser banida da nossa sociedade. É um triste episódio, exatamente no momento em que nós comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra — disse Fux.
Em uma publicação no Twitter, a ministra da da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves comentou sobre o caso, mas não citou a palavra "racismo".
"A vida de mais um brasileiro foi brutalmente ceifada no estacionamento de um supermercado, no Rio Grande do Sul. As imagens são chocantes e nos causaram indignação e revolta", disse a ministra.
Damares se solidarizou com a família e disse que "chega de violência".