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CoronaVac: moradores de outros estados também poderão se vacinar em São Paulo

João Doria afirmou que não será necessário comprovar residência em São Paulo para tomar a vacina; vacinação no estado começa em janeiro, caso o imunizante seja aprovado pela Anvisa
São Paulo reve receber 46 milhões de doses da CoronaVac até meados de janeiro Foto: NELSON ALMEIDA / AFP
São Paulo reve receber 46 milhões de doses da CoronaVac até meados de janeiro Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

SÃO PAULO - Os brasileiros que não moram em São Paulo também poderão se vacinar contra a Covid-19 com a CoronaVac, imunizante do laboratório chinês Sinovac, produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. O anúncio foi feito pelo governador paulista, João Doria, nesta segunda-feira. A vacina estará disponível a quem tiver interesse, quando aprovada, sem que seja necessário comprovar residência em São Paulo.

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— Todo e qualquer brasileiro que estiver em São Paulo e pedir a vacina receberá gratuitamente. Não precisará comprovar residência em São Paulo. Nós fazemos parte do Brasil. E aqui vacinaremos todos que precisarem ser vacinados — afirmou Doria, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

O plano estadual de imunização contra o coronavírus do governo de São Paulo foi lançado nesta segunda-feira , durante a fase final de testes do imunizante. A documentação final deve ser enviada à Anvisa até semana que vem. Se aprovada, a vacina poderá ser usada a partir de janeiro.

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O plano preliminar do Ministério da Saúde prevê um início da vacinação em março de 2021, e não conta até então com o imunizante desenvolvido pelo Butantan. Por isso, o governo de São Paulo lançou hoje uma estratégia paralela de vacinação.



De acordo com Doria, ao menos oito estados já demonstraram interesse na CoronaVac. O governador não informou quais seriam os estados. Em relação às prefeituras, Doria disse que já acertou o uso da vacina com o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e com Eduardo Paes, eleito no Rio de Janeiro.

— Eduardo Paes me telefonou hoje pela manhã dizendo que o Rio de Janeiro não vai ficar aguardando o programa para março, e desejará vacinar o mais breve possível, começando pelos profissionais de saúde da cidade do Rio de Janeiro - afirmou Doria. — Dezenas de outros prefeitos (estão interessados na vacina), não apenas de estados vizinhos, mas também de estados mais remotos do país.

Em seu Twitter, o governador da Paraíba, João Azevêdo, confirmou que está em negociação com a Secretaria de Saúde de São Paulo para comprar doses da CoronaVac. "Essa é uma ação paralela ao plano do Ministério da Saúde, para nos anteciparmos e começarmos a vacinação o quanto antes", disse Azevêdo.

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A previsão do governo paulista é disponibilizar quatro milhões de doses iniciais a outros estados que tiverem interesse em fazer a imunização contra a Covid-19.

Em São Paulo, a imunização deve começar em 25 de janeiro, caso a vacina seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os primeiros a serem vacinados serão os profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e idosos. De acordo com o governo, o grupo representa 77% dos óbitos por Covid no estado.

A vacinação, que terá duas doses, começando em janeiro e, de forma escalonada por idade, segue até 28 de março de 2021. O período entre a primeira e a segunda dose é de 21 dias.