Por G1


Frascos e seringas médicas são vistos na frente do logotipo da Moderna — Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo

Um comitê de cientistas americanos decidiu nesta quinta-feira (17) se posicionar a favor da aprovação da vacina da Covid-19 da empresa americana Moderna, que pode abrir caminho para seu uso nos Estados Unidos nos próximos dias.

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O parecer favorável à vacina da Moderna recebeu 20 votos a favor e nenhum contra, com somente uma abstenção. A recomendação vale para o uso do imunizante em maiores de 18 anos.

Para começar a ser distribuída nos EUA, a vacina ainda depende de aprovação da FDA — agência americana equivalente à Anvisa e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).

EUA já usam vacina da Pfizer

Enfermeira Sandra Lindsay recebeu nesta segunda-feira (14) dose da vacina da Pfizer em hospital de Long Island, no estado de Nova York — Foto: Mark Lennihan/Pool via Reuters

A reunião favorável à vacina da Moderna aconteceu depois que a vacina da Pfizer-BioNTech recebeu autorização de uso emergencial pelas autoridades americanas, o que permitiu a aplicação dos primeiros três milhões de vacinas esta semana no país, o mais afetado no mundo pela pandemia.

Ambas as vacinas Pfizer e Moderna usam moléculas de mRNA (ácido ribonucléico mensageiro) para fazer com que as células humanas gerem a espícula do coronavírus e, assim, evitar que o coronavírus grude. Veja no VÍDEO abaixo como funciona.

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As duas empresas usaram uma formulação ligeiramente diferente que resultou em requisitos diferentes de armazenamento refrigerado: -70 graus Celsius (-94 graus Fahrenheit) para a Pfizer; -20 graus Celsius (-4 Fahrenheit) para Moderna.

Uma diferença é que a Moderna solicitou a aprovação para maiores de 18 anos, enquanto a aprovação da Pfizer é para maiores de 16 anos.

Vacina da Moderna

Moderna pediu aprovação emergencial de vacina contra Covid nos EUA — Foto: JN

A pequena empresa de biotecnologia sediada em Massachusetts fez parceria com cientistas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos para desenvolver a vacina. Os trabalhos começaram em janeiro, logo após a China compartilhar o genoma do vírus SARS-CoV-2, segundo a agência France Presse.

A Moderna recebeu mais de US$ 2,5 bilhões do governo dos Estados Unidos para este projeto e prometeu entregar seis milhões de doses em uma primeira fase.

De acordo com testes clínicos com 30.400 voluntários, a vacina da Moderna é 94,1% eficaz na prevenção da Covid-19 em comparação ao placebo, com desempenho ligeiramente melhor em adultos jovens em comparação com idosos.

A FDA não encontrou "problemas de segurança específicos que impediriam a emissão de uma autorização de uso de emergência" após revisar todos os dados disponíveis.

Mas na quinta-feira, Doran Fink, um funcionário da FDA, disse que se fosse concedida essa autorização, ela seria acompanhada por um aviso sobre possíveis reações alérgicas.

As instalações onde ambas as vacinas são administradas devem assegurar que tratamentos médicos estejam disponíveis para reações alérgicas graves.

Isso ocorre depois que dois profissionais de saúde no Alasca e dois no Reino Unido tiveram tais reações à vacina Pfizer-BioNTech. Ainda assim, esses casos são raros e os imunizantes passaram nos testes de seguranças validados pelos países.

VÍDEOS: Novidades sobre as vacinas contra a Covid-19

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