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Por Jornal Nacional


O governo anunciou a intenção de comprar 70 milhões de doses da vacina da Pfizer/biontech

O governo anunciou a intenção de comprar 70 milhões de doses da vacina da Pfizer/biontech

Depois de dizer que o Brasil não tinha infraestrutura para armazenar vacinas que exigem temperaturas muito baixas, o governo mudou de postura e anunciou a compra de 70 milhões de doses da vacina da Pfizer/BioNtech, a mesma que começou a ser aplicada, nesta terça (8), no Reino Unido, e que teve a eficácia comprovada pela agência americana de alimentos e remédios.

Em audiência na Câmara, nesta terça, o presidente da Pfizer do Brasil disse que, se o Brasil fechar o acordo, a entrega pode começar em janeiro de forma gradativa, e que, até março, o laboratório poderá entregar doses para vacinar pelo menos 2 milhões de pessoas. Segundo ele, o laboratório poderá entregar as doses em caixas de gelo seco, que garantem a conservação por 30 dias a 70 graus negativos

“A companhia está trabalhando e entende a importância e a complexidade de logística de trás disto. A oferta da companhia é que a vacina é entregue nestas caixas nos pontos de vacinação, que tem que ser acordado e trabalhados com os governos. Essa é a parte que ainda teremos que trabalhar com o Ministério da Saúde e o governo do Brasil”, explicou Carlos Murillo, presidente da Pfizer do Brasil.

Até agora, o governo federal tem acordos fechados para a compra de 100 milhões de doses da vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Fiocruz, para o primeiro semestre de 2021; 42,5 milhões de doses via consórcio internacional Covax, liderado pela Organização Mundial da Saúde.

O Ministério da Saúde chegou a anunciar acordo para a compra da vacina da Sinovac, mas recuou depois de pressão do presidente Bolsonaro.

O governo de São Paulo tem um acordo para a compra e produção da vacina CoronaVac, elaborada pela chinesa Sinovac. A parceria é com o Instituto Butantan. São 46 milhões de doses.

Se a Anvisa aprovar o registro de todas essas vacinas, somando com os 70 milhões de doses da Pfizer, e os 46 milhões do Instituto Butantan, de São Paulo, nós teríamos no ano que vem 258,5 milhões de doses. Como cada pessoa deve tomar duas doses, 129 milhões de brasileiros poderiam ser vacinados.

O calendário preliminar do governo federal prevê o início da vacinação em março, começando pelos profissionais de saúde, idosos e indígenas. Mas, para que a vacinação comece, qualquer vacina precisa, antes, ter o registro na Anvisa. Esse registro é pedido pelos fabricantes. Eles podem pedir, primeiro, a autorização para uso emergencial, como já está acontecendo fora do Brasil. Essa autorização é mais rápida que o registro definitivo, mas, até agora, a Anvisa não recebeu nenhum pedido.

Quando outro país concede uma autorização emergencial, isso pode acelerar o processo no Brasil também porque as agências reguladoras trocam informações.

“Sessenta dias é um tempo máximo, mas ele pode ser menor se a gente já tiver conhecimento dos dados que foram mandados pelo processo de submissão contínua. Quanto mais tiver no processo de submissão contínua, menos a gente vai precisar analisar quanto tiver o pedido formal de registro da Anvisa”, explicou Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa.

Em maio, foi publicada uma lei que dá 72 duas horas para a que Anvisa autorize a importação de vacina que já tem registro aprovado no exterior por pelo menos uma das autoridades sanitárias estrangeiras e autorizados à distribuição comercial em seus respectivos países: a dos Estados Unidos; da Europa; do Japão; e da China.

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